BRASIL

Hacker Walter Delgatti Neto que desvendou Lava Jato celebra decisão do STF a favor de Lula

• Por Tatiana Farah

A sessão  do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu por 8 votos a 3 a nulidade dos 4 processos contra o ex-presidente Lula no caso Lava Jato, depois de vazamento dos diálogos do ex-juiz Sergio Moro montando processo contra o líder petista, levou um personagem fundamental para o caso na conjuntura a comemorações. Simplesmente o hacker Walter Delgatti Neto.


É que com este resultado ele parte para montar sua defesa provando que o resultado do STF lhe beneficiará pela consolidação de veracidade do conteúdo.

 

LÁ ATRÁS

Como se sabe, em sessão passada o STF garantiu ao ex-presidente Lula o acesso às mensagens da Lava-Jato apreendidas na Operação Spoofing, em 2019, algo de algo de alto interesse de Delfatti.

 

Segundo reportagem da Veja, na noite anterior à sessão da liberação,  a ansiedade impediu que ele pregasse os olhos na casa onde mora com a avó, em Araraquara, a 250 quilômetros de São Paulo. Lá atrás,  no fim do dia, Walter Delgatti Neto, 31 anos, o hacker responsável por vazar as conversas que deixaram em má situação a força-tarefa de Curitiba e o então juiz Sergio Moro, comemorou: por 4 votos a 1, os ministros decidiram a favor do petista.

 

Operação Lava Jato

A tensão se justificava, ao menos na sua óptica particular: para ele, a decisão conta pontos a favor da autenticidade do material e pode ajudar em sua defesa. Delgatti responde, com outros três réus, por organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes cibernéticos.

 

Por isso, um dos momentos que mais celebrou foi o voto de Gilmar Mendes. “Se os diálogos não existiram, os hackers de Araraquara são uns notáveis ficcionistas, já que escreveram tudo isso”, disse.

 

Solto pela Justiça em outubro de 2020, após um ano e dois meses de prisão provisória, ele tem a vida restrita, mas ainda assim ostenta uma certa euforia e se vê como o “personagem principal” do crepúsculo da Lava-Jato.

 

THE INTERCEPT

O site The Intercept Brasil  foi quem primeiro divulgou o conteúdo de diversas mensagens trocadas entre procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba, e conversas privadas entre o procurador Deltan Dallagnol e o então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.

 

O caso envolve três grupos e um chat particular, todos no Telegram. Um invasor pode ter roubado a linha de celular de Dallagnol para obter acesso ao histórico na nuvem do aplicativo — algo possível se a autenticação por dois fatores estiver desativada.


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