MARANHÃO

Homem agredido dentro do próprio carro por moradores de seu prédio no Maranhão diz que pensou que iria morrer

Os roxos e cortes no rosto e no pescoço não foram as únicas marcas que ficaram em Gabriel da Silva Nascimento, de 23 anos, que foi agredido dentro do próprio carro, em frente de casa, em Açailândia, no Maranhão. Ele também acabou se mudando do imóvel, três dias depois do crime, porque ele pertence à família da mulher que o agrediu junto com um homem. A reportagem é do Fantástico, reproduzida no portal G1.

 

Os autores das agressões são o empresário Jhonnatan Silva Barbosa e a dentista Ana Paula Vidal, que também moram no prédio. Eles mandam o jovem sair do veículo e começam as agressões, que foram registradas em vídeo. Gabriel é derrubado, sofre chutes, pisões, tapas e Ana Paula põe os joelhos na sua barriga, enquanto Jhonnatan pisa em seu pescoço. A sessão de espancamento só param quando um vizinho avisa que a vítima é moradora do prédio e dono do carro de onde foi retirado.

 

Jhonnatan Silva Barbosa, o agressor, já foi condenado pela Justiça por ter atropelado e matado um senhor de 54 anos, em 2013. Ele foi condenado a 2 anos e 8 meses de prisão, que foram convertidos em serviços comunitários e multa de um terço de um salário mínimo. O Fantástico encontrou Jhonnatan, mas a pessoa que se identificou como tio dele informou que o sobrinho não daria entrevista. Em nota, Ana Paula Vidal, também agressora, pediu desculpas e disse que não teve uma atitude racista.

 

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Para o advogado de Gabriel, o racismo é evidente: “Foi um caso de racismo. Muitas vezes se busca, para a caracterização de um episódio claro de racismo, a verbalização, a utilização de palavras que denotem o preconceito racial, mas isso não é o padrão brasileiro, baseado em racismo estrutural”, defende o advogado Marlon Reis.

 

Gabriel havia comprado o carro há 2 meses. Ele se mudou do prédio que morava porque ele pertence à família de Ana Paula. Com medo, ele teve acompanhamento da polícia para retirar seus pertences de lá.

 

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Foi aqui que eu achei que iria morrer. É no momento que ele sobe em cima de mim, junto com ela, com os joelhos… Ali é sufocante, porque ela manda ele me imobilizar, pisando no meu pescoço. Eu me senti sem ar.


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