PARAÍBA

IGF como Evento técnico-científico favorece atração de estudos na área

Por Paulo Dantas

A entrevista abaixo foi concedida por Cláudio Furtado, presidente da Fundação de Apoio a Pesquisa da Paraíba (Fapesq), durante a realização do IGF em João Pessoa em Novembro.

Qual a importância desse evento para a Paraíba e para Fapesp?
É um evento que vai entrar para a história da Paraíba pela importância em nível mundial, que discute um tema muito presente no dia a dia da gente, a internet, e como será o controle que ela terá no ponto de vista da governança nos próximos anos. Para a Fapesp é muito importante por ser um evento técnico/científico e uma maneira de atrairmos mais pessoas que estão vendo o desenrolar desse evento e estudar temas para fazer pesquisas na área. Já temos várias pessoas trabalhando com isso aqui na Paraíba.

Em termos tecnológicos, o que a Fapesp e o Governo do Estado auxiliaram para que o evento pudesse acontecer?
Hoje aqui, por exemplo, o Centro de Convenções está sendo iluminado pela Rede Metropolitana de João Pessoa e provendo internet com um sinal de qualidade. Isso já foi um projeto da área de ciência e tecnologia, da Secretaria de Infra-Estrutura, Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, capitaneada por João Azevedo, conjuntamente com a Fapesp, que implantou essa malha de fibra ótica aqui na região metropolitana. A malha atende a mais de 50 pontos e já está interconectando com Campina Grande. Em breve teremos João Pessoa e Campina Grande interligadas e até o final de 2016 mais de três mil quilômetros em toda a Paraíba interligando todas as regiões do estado.

Há possibilidades de cruzamento de informações e pesquisa a partir do IGF?
Claro. Aqui existem várias discussões sobre o que vai acontecer na nova internet, sobre os investimentos que a academia deve fazer para tornar a internet melhor ainda. Por exemplo, quando você tiver um número muito grande de pessoas acessando a internet, a tecnologia atual será suficiente? Esses temas são discutidos pela comunidade técnica. 

Apenas 37% dos paraibanos têm acesso a internet regularmente. Como aumentar esse número?

A pavimentação digital que o Governo está fazendo é a parte inicial para entregar a internet, por exemplo, a projetos de cidade digital no interior. Com isso você dá mais acessibilidade e condição as pessoas que não recebem um bom sinal de internet. A partir do momento que você desenvolve uma grande malha de internet interconectando todos os órgãos do estado, posteriormente universidades e escolas, você vai melhorando toda uma estrutura e a população vai acabar também se apoderando dessa nova rede, com acesso a portais, serviço público, saúde e segurança.

Comentário abaixo foi feito pelo presidente da ANID, Percival Henriques, durante o IGF 2015:

“A cidade inteira participou da estrutura do IGF”  

"Um evento que reuniu pessoas de mais de 100 países, que trouxe para João Pessoa uma estrutura que abarcou desde o aeroporto, a segurança e o deslocamento, inclusive no próprio local. Alimentação e garantiu tradução simultânea. Um evento com pessoas representando o mundo inteiro… Havia em cada sala duas ou três pessoas pegando perguntas de qualquer lugar do mundo, online. O sindicato das empresas de telefonia, que faz parte do Comitê Gestor, se dispôs e as quatro operadoras colocaram estações móveis para que atendessem a área, que não tem duas mil pessoas o tempo inteiro. Com a internet disponível para todos. Tudo isso foi importante para o evento. Além de todo o staff de som, luz e limpeza. Essa é a estrutura visível. Em paralelo, há uma estrutura que a gente não controla: os motoristas de táxi organizaram uma praça de aqui na frente sem ninguém ter pedido. Os restaurantes abriram na segunda-feira, os participantes se organizaram e acertaram jantares e reuniões paralelas. Então a cidade inteira participou da estrutura. O que se viu mais de perto foi a estrutura oficial do próprio evento, mas vai muito além, mexe com economia, cultura e turismo da cidade. Mexe com as pessoas que chegaram e conheceram um espaço diferente, onde muita gente nunca tinha planejado vir para esse lado do planeta, para esse canto do Brasil. Enfim, foi um processo onde todo mundo se envolveu, o sindicato de empresas, governo do estado, prefeitura, segurança, polícias, hotéis. Isso no que se pode controlar e prever, ainda teve as outras questões as pessoas mesmo se viraram. Os hotéis que não estavam na lista, que foram abertos depois que foram feitas as listas também lotaram. Isso foi muito bom. Foi um evento global"
 


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