BAHIA

Indústria da celulose cresce 6,5% em meio a cenário de crise

Nem toda a economia baiana patina na crise que assola o país. Enquanto diversos setores lutam para suportar o mau momento, a indústria florestal baiana comemora uma elevação no faturamento anual de 6,5%, um volume da ordem de R$ 9,02 bilhões em 2014. Se o mercado nacional sofre com o cenário econômico, o mundo precisa do papel e da celulose que são produzidos aqui.

E os números do setor mostram que, cada vez mais, a Bahia precisa da chamada indústria verde. Se em 2014 o saldo da balança comercial do estado – encontrado pela diminuição do que é vendido lá fora pelo que é comprado do exterior – foi de US$ 28 milhões, agradeça-se à indústria de florestas plantadas, base para a cadeia de papel e celulose, que deixou um saldo positivo de R$ 1,64 bilhão.

s produtos da indústria de base florestal representaram, no ano passado, 18% das exportações do estado, ocupando o primeiro lugar em importância, seguido pela indústria química e petroquímica – tradicionalmente líderes nas vendas da Bahia para o exterior. Entre postos diretos e indiretos, a cadeia emprega 320 mil pessoas.

A celulose e a celulose solúvel foram responsáveis por 90% do resultado do setor florestal, cuja madeira aquece, literalmente, setores como a mineração, siderurgia e até a produção de energia. Com o resultado de 2014, o PIB do setor florestal baiano alcançou 5,4% do PIB total da Bahia, de acordo com dados do anuário Bahia Florestal, que será lançado hoje, a partir das 16h, na Federação das Indústrias do Estado da Bahia.

Os tributos gerados pelo setor – nas esferas municipais, estadual e federal – alcançaram a cifra de R$ 1,25 bilhão, o que representou 5,3% da arrecadação total da Bahia.

E a verdade é que o resultado pode ser considerado acanhado, se comparado ao potencial que o estado tem. Com os maiores índices de produtividade do mundo no plantio de eucalipto, base da cadeia produtiva, a Bahia é apenas o quinto estado produtor do país, com 8,7% da área total do Brasil. As áreas plantadas com a cultura ocupam 1,2% do território do estado, espalhadas pelo Sul, Extremo Sul, Oeste e Litoral Norte.  

Donaldson Gomes
Correio 24 Horas


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