ARQUIVO NORDESTE

Indústrias fortalecem o crescimento em Pernambuco

Por Pedro Callado

Em uma pesquisa de 2008, encomendada pela MasterCard Worldwide, Recife aparece entre as 65 cidades do mundo com economia mais desenvolvida dos mercados emergentes. A capital pernambucana aparece na lista em 47º colocada, sendo a única nordestina. De lá para cá o Produto Interno Bruto do estado praticamente dobrou e Pernambuco recebeu inúmeros investimentos que alavancaram a economia.

O Complexo Industrial Portuário de Suape, criado em 1978 para administrar o desenvolvimento de obras na região, hoje é um dos maiores portos do Brasil e já recebeu investimentos na ordem de R$ 26 bilhões. O Pólo é a âncora do desenvolvimento econômico de Pernambuco. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado aponta que a concentração de investimentos na região deve fazer com que a participação da indústria no PIB estadual suba de 24% para 30%.

Diferente da média nacional e da maioria dos estados, a indústria cresceu no primeiro trimestre de 2015 com taxa de 1,7% em Pernambuco. Isso somado ao crescimento de 8% da Agropecuária contribuíram para que o estado fosse o único, ao lado do Ceará, a apresentar uma variação positiva (0,6%) do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros meses de 2015.

Com o segundo PIB da região e o 10º do Brasil, muitas empresas procuraram as terras pernambucanas para instalar seus empreendimentos. Uma dessas empresas foi a Petrobrás, que em 2005 lançou o projeto da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) para ser instalada no Complexo de Suape. As obras atrasaram, mas no final de 2014 o primeiro conjunto de refino iniciou suas operações com a capacidade de processar 115 mil barris de petróleo por dia.

Com a inauguração do segundo conjunto, o processamento de barris deve dobrar. Outro empreendimento que ainda deve contribuir bastante para o crescimento da Indústria na economia pernambucana é o Polo Automotivo Jeep, fruto da fusão das duas grandes marcas Fiat e Chrysler, inaugurado em 28 de abril de 2015. Instalado no município de Goiana, a fábrica é a mais moderna do grupo no mundo e tem capacidade para produzir 250 mil veículos por ano. O empreendimento deve empregar até o final do ano mais de 9 mil trabalhadores, sendo 78% de Pernambuco.

Desde 2008, Pernambuco apresentou crescimento acima da média do PIB nacional, e continua dessa forma. Mas com o desaquecimento da economia, a desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto tornou-se inevitável. No ano passado o PIB pernambucano cresceu 2% segundo a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas Condepe/Fidem. É o índice mais baixo desde 2003, mas ainda está acima da estagnação nacional que teve variação de 0,1%.
A estimativa para o PIB de 2013 é R$ 130,7 bilhões e para 2014, R$ 140,2 bilhões.

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