NORDESTE

Inflação sobe 0,38% em São Luís no mês de agosto, aponta IBGE

São Luís teve aumento de 0,38% nos preços dos produtos no mês de agosto, com isso a capital maranhense teve a sexta maior inflação entre as 11 regiões analisadas que tiveram quadro inflacionário. Apesar disso, o percentual registrado em agosto, em São Luís, foi menor que o registrado no mês julho, que foi de 0,57%.

Seis grupos de despesa apresentaram inflação em São Luís:

Habitação (2,01%)
Comunicação (1,78%)
Transportes (1,73%)
Saúde e cuidados pessoais (0,94%)
Artigos de residência (0,84%)
Despesas pessoais (0,14%)

Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nessa quarta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram 16 regiões pesquisadas pelo IBGE, sendo que em 11 houve quadro inflacionário.

Segundo o IBGE, tanto o IPCA de São Luís quanto o IPCA de Brasil continuam abaixo da meta inflacionária definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4% no ano de 2020.

Nos oito primeiros meses do ano, tanto para São Luís quanto para Brasil, os números estão bem abaixo do piso da meta inflacionária (2,5%). Observando o acumulado em 12 meses, também, ambas as regiões indicadas estão num patamar abaixo do piso inflacionário estabelecido pelas autoridades monetárias.

Transporte

Em relação ao grupo transporte, o IBGE apontou que, a gasolina foi o subitem que mais impactou a subida do IPCA de São Luís, no mês de agosto, devido ao peso desse elemento de consumo nas despesas das famílias residentes na capital.

De modo geral, os maiores impulsionadores para o quadro inflacionário no grupo de despesas em transporte foram:

Aumento de preços na gasolina, 5,54%
Automóvel usado, 2,13%
Automóvel novo, 0,92%,
Óleo diesel, 2,53%

Habitação

No grupo habitação, o subitem de despesa que teve o maior impacto para o aumento de preço nesse grupo de despesas foi energia elétrica residencial. Depois da gasolina, esse foi o subitem de consumo das famílias que mais impactou na capital maranhense (5,61%). O aumento, segundo o IBGE, pode ser explicado pela elevação da alíquota do PIS/COFINS.

Ainda referente ao grupo habitação, foi constatada elevação de preços em outro importante subitem de consumo das famílias, o gás de botijão: 1,18%. Detectou-se novamente elevação nos preços de alguns itens de material de construção, com destaque para:

Cimento (6,34%)
Tijolo (8,31%)
Telha (3,78%)
Aluguel residencial (0,79%)

Saúde e cuidados pessoais

No grupo saúde e cuidados pessoais, aumento de 0,94% e terceiro maior impacto na formatação final do IPCA de São Luís no mês de agosto, os destaques de aumento ficaram com:

Perfume (3,48%)
Serviços médicos (1,53%)
Analgésico e antitérmico (2,01%)
Óculos de grau (2,43%)

Comunicação

O grupo comunicação, que teve o segundo maior aumento de preços dentre os nove grupos de despesas, 1,78%, teve o quarto maior impacto na formatação final do IPCA de São Luís no mês de agosto. O serviço de acesso à internet, com elevação de preços na ordem de 12,18%, foi o subitem que teve o terceiro maior impacto na consolidação do IPCA de São Luís.

Artigos de residência

Já o grupo artigos de residência teve aceleração no aumento de preços, em agosto, 0,84%, depois de um ritmo menor observado no mês anterior, julho, que foi de 0,14%. Em junho, o aumento de preços desse grupo de despesas foi de 0,95%. Subitens como aparelho de TV (2,70%), computador pessoal (4,19%), ventilador (2,95%), aparelho de som (3,03%) e móvel para sala (1,72%) foram os maiores destaques quanto ao comportamento de preços nesse grupo de despesas.

Despesas pessoais

Por fim, o grupo despesas pessoais, novamente, teve aumento de preços, 0,14%, porém num ritmo mais intenso do que o ocorrido nos dois meses anteriores: 0,09%, em junho, e 0,04%, em julho. Aumento de preços em subitens como serviços bancários (0,28%), alimento para animais (1,88%), hospedagem (3,23%) e cabeleireiro e barbeiro (0,33%) foram os destaques.

Recuo de preço

Na contramão desse movimento ascendente de preços, os grupos educação, alimentação e bebidas e vestuário, tiveram queda de preços. Queda significativa aconteceu no grupo educação: -8,35%.

Em todas as Unidades da Federação foram observadas retrações de preços, sendo que as maiores foram detectadas na RM de Vitória (-8,62%) e em São Luís (-8,35%).

Na média Brasil, o grupo educação teve recuo de preços na ordem de 3,47%. No caso de São Luís, queda de preços no item cursos regulares, -11,46%, que envolve os cursos pré-escolar, fundamental, médio, EJA, superior e pós-graduação, foi o grande responsável pelo quadro de deflação nesse grupo de despesas. Também, queda no item papelaria, -1,32%, provocou esse comportamento deflacionário.

Quanto ao grupo alimentação e bebidas, os preços de diversos subitens que compõem a cesta de consumo das famílias residentes em São Luís, tiveram, na média, um leve recuo na ordem de -0,06%.


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