BRASIL

José Dirceu defende “palanques amplos” para Lula para conquistar votos dos que querem “superar o bolsonarismo”

247 – O ex-ministro José Dirceu, em artigo publicado no Poder360 nesta sexta-feira (8), afirma que as pesquisas eleitorais não apontam, até o momento, risco de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Ainda sim, diz ele, o ex-presidente Lula (PT) precisa ter “palanques amplos” para agregar votos de eleitores de diferentes campos políticos e que querem “superar o bolsonarismo”.

“Nos últimos dias, têm surgido avaliações dos riscos que corremos de ter Jair Bolsonaro eleito, seja por sua descarada e ilegal ação governamental eleitoreira ou por sua suposta resiliência em manter 30% de eleitores cativos. Não vejo esse risco, ainda que não se deva subestimar um candidato que usa e abusa da máquina administrativa e do poder econômico que a Presidência da República dá. Apesar disso, é bom lembrar que da mesma forma que o eleitor brasileiro já elegeu Jânio Quadros, Collor e Bolsonaro, também deu 4 mandatos seguidos ao PT”, introduz.

 

O ex-ministro afirma que Lula precisa concentrar os votos de todos aqueles que querem tirar Bolsonaro do poder, e para isso precisa de alianças amplas e estratégicas. Com isso, Dirceu justifica a aliança de Lula com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). “Mesmo que parte desse contingente não seja eleitor de Lula nem de partidos de esquerda, estão dispostos a votar nele para superar o bolsonarismo e seu caráter autoritário, conservador, obscurantista e fundamentalista. Eleição se ganha ou perde na campanha e na disputa política. Temos menos de 6 meses para 2 de outubro. Assim, o fundamental, agora, é construir um arco de alianças que atenda à expectativa do eleitorado que vota em Lula ou poderá vir a apoiá-lo. É isso que justifica ter Geraldo Alckmin na vice-presidência. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, ao lado do Nordeste, são fundamentais para uma vitória segura e ampla. Nesses territórios será preciso construir palanques para Lula até com mais de uma candidatura em nosso campo, quando não for possível uma candidatura de consenso”.

 

Dirceu também defendeu unidade em relação às divergências sobre a campanha de Lula. “Nada mais grave que os sinais de divisão no nosso meio. Erros e impasses, situações novas e desafios sempre existirão nas campanhas. A prioridade é pôr ordem na casa e retomar a palavra de ordem prioritária, ou seja, derrotar o bolsonarismo. Ela tem que orientar os nossos discursos e a nossa atuação nas redes e nas ruas”.

 


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