CEARÁ

La Niña pode não contribuir para as chuvas no estado

A ocorrência no Nordeste do La Niña, que produz um esfriamento no oceano Pacífico, poderá ser curta. A probabilidade do fenômeno climático se encerrar no meio da quadra chuvosa de 2017 causa preocupação, pois as chances dele favorecer o semiárido cearense seriam dissipadas.

O La Niña está atuando, segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), mas precisa continuar entre fevereiro e abril para contribuir com boas chuvas no Ceará. "Poderemos não contar com esse fenômeno no período que a gente mais precisa, ou seja, nos meses mais chuvosos", enfatiza o meteorologista Raul Fritz.

Com monitoramento por boias, a Funceme identificou o resfriamento anômalo das águas superficiais do Oceano Pacífico, que caracteriza o La Niña. O El Niño, fenômeno oposto que atua para a ocorrência de estiagens no Nordeste, perdeu força. Mas, nesta época, a "Menina" não tem influencia na ocorrência de chuvas.

A possibilidade de ter uma vida curta, segundo Fritz, é de cerca de 55%. "As chances dele não se encerrar a partir de março são de cerca de 40%. A gente torce para que o La Niña continue. Com as águas mais frias ficando neutras, não teríamos uma influência positiva", frisa o meteorologista.

Caso o La Niña não atue no Pacífico durante a quadra chuvosa de 2017, o comportamento do oceano Atlântico definirá a ocorrência de boas chuvas. "Existem vários elementos que definem as chuvas, então teremos que ver como o Atlântico vai estar. Em dezembro, já começaremos a ter uma ideia, mas a previsão mais precisa somente em janeiro", afirma Fritz.

Seca

O prolongamento da estiagem no Ceará já dura cinco anos consecutivos e, pela primeira vez, parte do Estado registrou nível de “seca excepcional”. O quadro é mais severo na escala de estiagem da Agência Nacional das Águas (ANA), divulgado pelo O POVO nesta quarta-feira, 17.

Na última terça-feira, 16, o Ministério da Integração Nacional autorizou a liberação de R$ 12 milhões para a construção de sistemas de abastecimentos. 

O Povo Online


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