BRASIL

Legislatura Humanizada com olhos no Amapá identifica meios de encarar a “fissura” Labiopalatina com perfil cidadão, diz deputado federal Augusto Puppio

Eis, a seguir, uma análise contemporânea

A Câmara Federal traz novidade e inovação no campo da Saúde pela primeira vez com a Frente Parlamentar em Defesa da Cirurgia Reparadora de Pessoas com Fissura Labiopalatina.

 

Uma a cada mil crianças são afetadas com essa má formação congênita no Brasil, e um recente estudo científico apontou prevalência de 66,4% de atraso para cirurgias de lábio e 71,2% para cirurgias de palato, com piores percentuais nas regiões Norte (83,8% para lábio e 86,6% para palato) e Nordeste (69% para lábio e 75,2% para palato).

 

Na prática, essa má-formação faz com o que o bebê tenha uma fenda na parte de cima dos lábios e no céu da boca e a depender da fissura, sugar o leite, respirar, comer e falar são funções que acabam sendo limitadas na vida da criança. A fissura prejudica o desenvolvimento do bebê e a necessidade de comunicar os pais e de incentivar pela adesão do tratamento o mais cedo possível é muito importante.

 

A fim de abraçar essa causa, Augusto Puppio, deputado eleito em primeiro mandato pelo estado do Amapá (MDB), médico especializado em cirurgia plástica, e referência no Brasil em cirurgia da fissura labiopalatina assumiu a bandeira e lançou no dia 23 de maio a Frente que pretende ajudar crianças afetadas a serem operadas no momento oportuno.

 

Essa Frente também prevê a obrigatoriedade de orientação aos responsáveis por essas crianças com má formação por parte dos serviços de saúde para que possam procurar atendimento e acompanhamento precocemente.

 

QUEM É 

O deputado de 40 anos de idade nasceu em Belém do Pará, formou-se em medicina na UFPA e muito jovem transferiu-se para o Amapá onde trabalhou como voluntário em diversas ONGs.

Iniciou sua vida profissional no SUS com o seu trabalho na recuperação de queimados e escalpelados. Fez doutorado na USP e lecionou na Universidade Federal do Amapá por alguns anos. Hoje no Brasil, além de cirurgião plástico, atua como médico voluntário em diversas causas, inclusive disponibilizando equipamentos de alta complexidade para seu estado atender à pacientes vítimas de escalpelamento.

 

A ligação com o estado do Amapá, nas causas Ambientais, Indígenas, e principalmente, em temáticas voltadas à Saúde, o levaram a entrar na vida pública.

 

“Hoje, o Amapá é o único estado do Brasil que não tem um centro multidisciplinar de fissuras. Meu trabalho segue na linha do entendimento de como extrair os diversos potenciais de políticas públicas e avançar em todas as causas de saúde, inclusive a dos autistas”, esclarece Puppio.

 

Sobre o Autismo, o deputado é autor do projeto de Lei 527/23 que determina o prazo máximo de 90 dias, a contar da data de agendamento da consulta, para que seja realizado o diagnóstico, ainda que não conclusivo, do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o estado do Amapá possui a maior mortalidade infantil do Brasil, com menor índice de leitos de UTI por habitantes e pior saneamento básico. “Precisamos entender os motivos da saúde do Amapá estar em último lugar e trabalhar incessantemente para mudar esse cenário”, expõe o parlamentar.

Augusto Puppio, médico humanista, filho do norte do Brasil, estreia na Casa trazendo a força do Amapá, com olhar atento e compassivo de causas tão solitárias e caras ao país.

 

 

Quando perguntado sobre seu trabalho pelo estado, ele diz: “Meu endereço é bem fácil, é ali no meio do mundo, onde está meu coração, meus livros, meu violão, meu alimento fecundo”, poetiza o médico deputado, ou deputado médico.


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