NORDESTE

Levantamento aponta eficiência em medidas rígidas adotadas pelo governo da PB contra à Covid-19

Um estudo sobre análises e estatísticas do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (LABIMEC), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), divulgado neste sábado (18), relativo aos efeitos e avanço da Covid-19 no Estado, aponta indicadores de eficiência quanto as medidas mais rígidas adotadas pelos governos municipais e estadual contra à doença.

Segundo o LABIMEC, a variação acumulada dos casos confirmados e óbitos da Covid-19 no Estado nesta semana – levando em consideração o ciclo epidemiológico de 9 à 16 de julho –, foi menor do que a semana anterior, seguindo um padrão observado também com o comparativo feito no início do mês. De acordo com o levantamento, isso mostra que apesar das infecções aumentarem nos números, elas se apresentam em um ritmo menor de evolução do que a algumas semanas atrás. Tal fenômeno, pode indicar uma possível eficiência das medidas mais rígidas adotadas pelos governos municipais e estadual.

Nesta sexta-feira (17), a Paraíba registrou 924 novos casos de Covid-19 e 28 óbitos confirmados desde a última atualização, 4 deles ocorridos nas últimas 24h. São 66.347 pessoas que já contraíram a doença24.390 que já se recuperaram e 1.446 faleceram. Até o momento, 195.513 testes para diagnóstico da Covid-19 já foram realizados.

Processo de Interiorização do Covid-19

De acordo com o LABIMEC, há um processo de interiorização do novo coronavírus no Estado da Paraíba, para evidenciar esse fenômeno, segundo o levantamento, propõem-se as seguintes etapas:

 Análise da variação na quantidade de cidades que confirmaram seu primeiro caso de Covid-19;
 Análise da participação dos casos confirmados dos 6 municípios mais afetados em relação aos novos casos de João Pessoas (epicentro da Covid-19 no Estado);
•  Por fim, análise da participação da região metropolitana de João Pessoa em relação ao resto dos municípios do estado, como as de Campina Grande, Guarabira e Patos.

Análise das Regiões Metropolitanas

Em uma análise da evolução da participação da região metropolitana de João Pessoa em relação aos demais municípios do Estado, onde exatamente no dia 05 de junho, ela representava menos de 50% dos casos da Paraíba, o levantamento aponta uma queda considerável. Segundo o mesmo, nesta sexta (17), a Zona Metropolitana da capital representa 41,4% dos casos do Estado.

Realizando uma análise comparativa da evolução da participação das zonas metropolitanas de Campina Grande, Guarabira e Patos, nesse aspecto, fica evidente a estabilização da participação das zonas dos 3 municípios nos casos confirmados de Covid-19. O pequeno crescimento da região de Guarabira é resultante da baixa subnotificação do município, na verdade, é o município com maior controle do Covid-19 do Estado.

Análise Perfil dos Óbitos

A base de dados do perfil dos óbitos do LABIMEC passou por uma nova revisão, onde foram adicionadas novas informações – doenças respiratórias, óbitos sem informação de comorbidades e um campo de outras comorbidades, onde todas as comorbidades não descritas (imunossupressão, doenças hepáticas e renais, etc) são verificadas. Além dessas 3 informações, passamos a gerar o delay entre um óbito e sua notificação pela SES.

A média de idade dos óbitos do estado e dos municípios fica entre 67 e 70 anos, a distribuição de gênero, com exceção de Patos, homens morrem mais que mulheres. No estado, 74% das vítimas tinham algum tipo de comorbidade, 14,1% não tinham e 11,9% não se observou informações de comorbidades. A média do início de sintomas até o óbito no estado permaneceu em 13 dias, em João Pessoa são 13 dias, Santa Rita 12 dias, Patos 13 dias, Bayeux e Campina Grande são 14 dias. Em relação ao delay entre o dia do óbito e a notificação pela SES, na Paraíba o valor, em média, foi de 11 dias, para os municípios temos: João Pessoa (16 dias), Campina Grande (13 dias), Santa Rita (10 dias), Bayeux (8 dias) e Patos (5 dias). No quesito comorbidades, na Paraíba, ocorre em ordem decrescente de frequência:

diabético (34,5%), hipertensão (31,5%), cardíacos (22,8%), outras comorbidades (10,9%), doenças neurológicas (7,7%), obesidade (6,3%), doenças respiratórias (6%), fumantes (4,1%) e neoplasias malignas (2%). Dos óbitos, 91,9% morreu na rede pública, 5,6% na rede privada, 2,4% e apenas 1 óbito ocorreu em transporte.


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