NORDESTE

Líder quilombola Mãe Bernadete foi assassinada por ordem de chefe do tráfico, conclui Polícia Civil da Bahia

 Investigação da Polícia Civil da Bahia concluiu que a líder quilombola Bernadete Pacífico foi morta a mando de um líder do tráfico de drogas, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, disse a corporação nesta quinta-feira (16) na véspera do aniversário de três meses do brutal assassinato.

 

A delegada Andréa Ribeiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse durante entrevista coletiva que o assassinato se deu em razão da liderança social que Mãe Bernadete exercia. Ela era líder do Quilombo Pitanga dos Palmares.

 

“É claro para a equipe de investigação de que a líder quilombola era legitimada pela comunidade, tinha liderança forte pelos interesses do quilombolas, e quando sua liderança se contrapôs aos interesses do tráfico na região, ela pagou com a própria vida”, disse, segundo o portal G1.

 

Mais cedo nesta quinta-feira, o Ministério Público da Bahia apresentou denúncia contra cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime. Arielson da Conceição Santos, Josevan Dionísio dos Santos, Marílio dos Santos, Ydney Carlos dos Santos de Jesus e Sérgio Ferreira de Jesus foram acusados sob a suspeita de cometer um homicídio triplamente qualificado.

 

As acusações incluem motivação vil, emprego de arma de fogo e execução sem oportunidade de defesa para a vítima. Quatro dos acusados são suspeitos de fazer parte de uma facção envolvida no tráfico de drogas, segundo o MP.

 

Segundo o relato de familiares de Bernadete, dois indivíduos chegaram de motocicleta ao quilombo e adentraram o terreiro ainda usando capacetes no dia 17 de agosto. Ao localizarem a líder quilombola, efetuaram vários disparos contra ela, na presença de seus três netos.


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