POLÍTICA

Lula diz que acordo entre União Europeia e Mercosul não é “impossível”, mas cita “resistências muito grandes”

O presidente Lula (PT) abriu nesta quinta-feira (7) o encontro entre Chefes de Estado do Mercosul e falou sobre a tentativa de acordo comercial entre o bloco e a União Europeia, que vem ficando cada vez mais distante de ser concluído. No entanto, Lula disse que vai “continuar tentando” porque “nem tudo que a gente quer acontece do jeito que a gente quer”. “Não existe nada que seja impossível a gente concretizar, mesmo essa tentativa de acordo com a União Europeia, está durando há 23 anos, mas a gente tem que continuar tentando fazer acordo com a União Europeia”, manifestou.

 

Ele reconheceu avanços na redação do acordo, mas classificou-o como “insuficiente”, citando “resistências muito grandes” da Europa. “Acho que o texto que temos agora é mais equilibrado, mas mesmo assim acho que é insuficiente. As resistências da Europa ainda são muito grandes. Estranho a falta de flexibilidade deles de entender que nós ainda temos muita coisa para crescer, que temos o desejo de nos industrializar, de que nós só precisamos de flexibilidade, que eles comprem alguma coisa nossa com maior valor agregado. Mas eles ainda não estão sensíveis para isso”.

 

 

O presidente mencionou os esforços feitos pelos negociadores e as diversas reuniões realizadas em busca de consensos e destacou a posição “protecionista” da França como entrave importante para o acordo. “Conversei com o Macron, fiz um apelo ao Macron para ele deixar de ser tão protecionista. Eu já tinha conversado com o Chirac, com o Sarkozy, com o François Hollande [ex-presidentes da França]; todos eles são protecionistas se tratando dos produtos agrícolas deles. E não levam em conta que nós temos o direito de participar desse sol, de um mercado extraordinário. (…) Nós já conhecíamos a posição do Macron, que fez questão de dar uma entrevista para a imprensa dizendo que não tinha como fazer acordo e aquele negócio todo. E eu ainda continuei falando que eu acreditava que era possível fazer o acordo, porque eu acreditava que na reunião poderia acontecer alguma novidade. O Olaf Scholz [chanceler da Alemanha] me disse que ia conversar com o Macron para ver se conseguia flexi


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp