POLÍTICA

Maioria da bancada federal do PSB pressiona direção da sigla a formar Federação com PT, PCdoB e PV

Num texto contundente endereçado ao Diretório Nacional do Partido Socialista Brasileiro e “aos filiados ao PSB”, dezenove dos 30 deputados federais da legenda cobram a celebração – o mais rápido possível – da Federação de esquerda com PT, PCdoB e PV e apoio incondicional à candidatura do ex-presidente Lula (PT) na disputa presidencial. “Defendemos a construção de unidade política no campo democrático e popular, como via necessária e indispensável para derrotar o obscurantismo em nível social, político e cultural do governo presidido pelo Sr. Jair Messias Bolsonaro, que, lastimavelmente, se aproveitou de históricas divisões das forças democráticas e venceu as eleições de 2018, elegendo também folgada maioria no Congresso Nacional”, diz o texto dos parlamentares socialistas.

 

Em seguida a esse enunciado, o documento da maioria dos deputados do PSB elenca sete pontos como esboço de um compromisso político. São eles:

 

I. Candidatura única do nosso campo político, representada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, embasada nos princípios democráticos e republicanos e amplo lastro social, de diálogo franco com as forças políticas democráticas, para retomar a economia, a estabilidade política, o compromisso social com os brasileiros e enfrentar a dor desumana e inaceitável da fome e da pobreza, através da geração de empregos, fortalecimento dos serviços públicos e distribuição de renda;
II. Construção de Programa de Governo que assegure a democracia; promova políticas de combate ao desemprego e a fome, e garanta políticas públicas de educação, saúde, assistência social, segurança pública e de preservação ambiental sustentável.
III. Constituição de Federação de Partidos tendo como núcleo central o PSB, o PT, o PCdoB e o PV, podendo ser integrada por outros partidos que queiram dela participar e estejam de acordo com o programa por ela defendido.
IV. Que a Assembleia de Direção da Federação seja equilibrada e incorpore o peso do número de prefeitos e vereadores de cada partido. O PSB não quer ser maior do que é, mas também não pode ter o seu tamanho reduzido;
V. Que se estabeleça a figura das candidaturas natas aos prefeitos dos partidos que compõe a federação e que tiverem o direito de disputar a sua reeleição;
VI. Que na definição das vagas para as candidaturas a deputados federais e estaduais seja considerada também a proporcionalidade de cada partido nos estados (não apenas na proporcionalidade nacional que pode distorcer a realidade dos estados);
VII. Para impedir qualquer tipo de hegemonismo nas decisões internas e a fim de promover o consenso como método fundamental de resolução em caso de divergências, que seja instituído o poder de veto aos partidos minoritários.

 

No penúltimo parágrafo do texto, antes de reafirmarem a confiança que têm no presidente da sigla, Carlos Siqueira, para conduzir as negociações com as demais siglas de esquerda olhando a vontade da maioria partidária, os parlamentares socialistas deixam claro como vêem o instituto da Federação:

“A federação dos partidos progressistas é a base da unidade das forças democráticas para vencermos as eleições de 2022, que será plebiscitária acerca da Constituição de 1988; para eleger maior número de parlamentares alinhados com o seu Programa de Governo e dar garantias para a governabilidade, fator essencial de sustentação do futuro governo no ambiente de ameaça à democracia como esse que o País atravessa”, escrevem.

 

Eis os 19 signatários o documento do PSB:

Alessandro Molon

Aliel Machado

Bira do Pindaré

Camilo Capiberibe

Cássio Andrade

Danilo Cabral

Denis Bezerra

Elias Vaz

Felipe Carreras

Gervásio Maia

Gonzaga Patriota

Júlio Delgado

Lídice da Mata

Marcelo Freixo

Marcelo Nilo

Mauro Nazif

Milton Coelho

Rafael Mota

Vilson da Fetaemg


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