Acrescenta o Blog, que nesta segunda-feira, Marília Arraes terá um encontro pessoal com Lula, em São Paulo, para discutir a sucessão no Estado. Ela ameaçava deixar o partido e causar sérios danos à Frente Popular e ao PT, com a derrocada da chapa de proporcionais. Além disto, poderia se bandear para a oposição, marchando com Raquel Lyra e Priscila Krause.
Ainda na terça-feira o líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe), o deputado Isaltino Nascimento já previa o que ia acontecer. “O PSB não vai criar obstáculo à indicação dela”, afirmou, deixando claro que a equação estava sendo resolvida”, comentou nas redes sociais a ex-deputada Terezinha Nunes.
Em pesquisas recentes no Estado, Marília Arraes lidera com folga as intenções de voto para o Senado. Em um levantamento do mês passado, ela também aparece em primeiro lugar para governadora. Dai ter se animado com a chance de tentar derrotar os socialistas no poder.
Na quinta-feira da semana passada, o blog revelava que a deputada havia tomado a decisão de ababdonar o partido, insatisfeita com a condução do processo. Mesmo liderando as pesquisas, ela estava sendo vetada por setores do PT e PSB, que não a queriam na chapa, pelo histórico de desavenças. A disposição era ir para o Solidariedade, ou mesmo o MDB.
A manobra do PSB deve acabar esvaziando a reunião do PT, neste domingo, para discutir a indicação. Além de Marília Arraes, estavam no páreo Teresa Leitão e Carlos Veras.
“A ameaça de “pinote” de Marília deu resultado. Espero que ela fique na chapa com os dois pés e que o PSB abrace a candidatura dela com as duas mãos. Doutor Arraes me dizia que para perder uma eleição, basta a base estar dividida”, diz uma raposa felpuda do PSB.
“Ela é boa. Enquanto os outros fazem a disputa interna, ela faz a pressão de fora para dentro”, analisa um petista.