ARQUIVO NORDESTE

Mercado dá sinais de melhora com alta da Bolsa e queda do dólar

O Brasil, felizmente, não acabou, ao contrário do que previa a consultoria Empiricus, que apostou todas as suas fichas no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O sinal mais eloquente da virada ocorreu nesta terça-feira, quando a BM&FBovespa subiu 4,76% e o dólar chegou a cair quase 10 centavos num único dia, fechando a R$ 3,77.

O principal motivo foi a percepção dos agentes econômicos de que a guerra política fez com que o Brasil ficasse “barato demais” – na segunda-feira, em Nova York, o empresário Abilio Diniz, presidente da Brasil Foods, disse que o País está em “liquidação” e ainda afirmou que a taxa de câmbio de equilíbrio não é superior a R$ 3,50.

Coincidência ou não, também na segunda-feira, a francesa Coty anunciou a compra de uma única divisão da Hypermarcas por R$ 3,8 bilhões.

“O anúncio da Hypermarcas pode ser bastante positivo para o Brasil como um todo; isto mostra que os investidores continuam prestando atenção para ativos no País”, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, para a agência Bloomberg.

Além disso, um outro fator contribuiu para furar a bolha do dólar: a perspectiva de que o governo federal consiga aprovar o projeto que prevê a repatriação de capitais, concedendo algum tipo de anistia a quem mantém recursos não declarados no exterior.

O projeto será votado nesta quarta-feira e será um importante teste para a nova base do governo, após a reforma ministerial.

“Se esse projeto passar no Congresso, podemos imaginar um fluxo positivo significativo e o mercado está se antecipando a isso”, disse o operador de uma corretora nacional, ao portal Infomoney. “O cenário político continua a ser o principal foco para os investidores no Brasil”, disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos, em entrevista para a Bloomberg. “Qualquer indicação de que o governo poderia ser capaz de passar as medidas fiscais no Congresso poderá resultar em uma recuperação para os ativos brasileiros, inclusive o real”, completou.

Ontem, em mais um sinal de confiança na economia brasileira, o empresário Carlos Wizard, que ficou bilionário com suas escolas de idiomas, comprou duas empresas da Alpargatas: a Topper e a Rainha.

Na manhã desta quarta-feira, a maré de otimismo prosseguia, com alta do índice futuro da BM&FBovespa.

Brasil 247


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