BRASIL

Mercado vê recessão mais forte e inflação menor

Economistas de instituições financeiras voltaram a piorar suas projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto tanto neste ano quanto no próximo, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central nesta segunda-feira.

A estimativa para a contração econômica neste ano agora é de 2,26 por cento, ante 2,06 por cento anteriormente, na sétima semana seguida de deterioração. Já para 2016, a queda esperada do Produto Interno Bruto (PIB) foi a de 0,40 por cento, contra 0,24 por cento no último levantamento.

Essas mudanças não devem ter capturado ainda o impacto do resultado do PIB do segundo trimestre, divulgado na sexta-feira passada, e tendem, por isso mesmo, piorar ainda mais. Entre abril e junho, a economia brasileira encolheu 1,9 por cento sobre os três meses anteriores e caiu 2,6 por cento na comparação anual, entrando oficialmente em recessão.

O Focus mostrou ainda ligeiros ajustes nas perspectivas de inflação, apontando que o IPCA deve subir 9,28 por cento em 2015 e 5,51 por cento em 2016, contra 9,29 por cento e 5,50 por cento respectivamente na pesquisa divulgada na semana passada.

Sobre a política monetária, as expectativas não mudaram. O Focus continuou mostrando que a Selic deve ficar em 14,25 por cento no fim deste ano e cair a 12,00 por cento ao final do ano que vem. Para a reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), permanece a visão de manutenção da taxa básica de juros em 14,25 por cento.

Confiança do comércio tem 4ª queda seguida em agosto e atinge menor nível histórico, diz FGV

O Índice de Confiança de Comércio (Icom) recuou 4,1 por cento em agosto na comparação com julho, caindo pela quarto mês consecutivo e atingindo o menor nível da série histórica, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

Em agosto, o Icom marcou 86,1 pontos, ante 89,8 pontos no mês anterior, quando apresentou queda de 0,9 por cento.

"A deterioração da percepção sobre o nível atual de demanda mostra que o comércio continua enfrentando dificuldades no terceiro trimestre", disse em nota o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.

O Índice da Situação Atual (Icom), segundo a FGV, recuou 12,1 por cento em agosto sobre o mês anterior, para 56,5 pontos, o menor nível da série iniciada em março de 2010. O Índice de Expectativas (Icom) ainda conseguiu ficar em território positivo, com leve alta de 0,4 por cento, a 115,7 pontos.

Brasil 247


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