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Mesmo em tempo de crise, aracajuanos mantêm ‘luxo’

A supervisora de vendas Rosaline dos Santos tirou alguns itens da lista com a crise econômica que o País passa, mas não dispensa o que gosta. “Mudei a marca de papel higiênico e produtos de limpeza. Cortei os supérfluos e estou me segurando para não trocar de aparelho celular agora, mas não abro mão da minha TV a cabo e do telefone”, contou a sergipana que faz parte dos 28% dos brasileiros que estão apostando nessa tática.

Mesmo com a crise, o brasileiro não abriu mão do uso de alguns produtos e cresce nas estatísticas do chamado cliente “econômico extravagante”. Os dados são de uma pesquisa do Instituto Dunnhumby no Brasil que ressaltou que os brasileiros escolhem economizar em produtos básicos para não deixar os que já estão há anos na cesta de compras.

Alimentos e aparelhos celulares estão entre os itens da população que resistem à crise mantendo seus vícios de consumo. Eles estão trocando de marcas para continuar com sua rotina apesar dos altos preços.

Já o professor José Carlos Aquino guarda sempre uma parte para o lazer e mudou os hábitos para isso. “Parei de comprar roupa e estou me controlando mais já que tem itens que não podem sair da lista de necessidades como alimentação. Não deixei de ter a minha diversão como barzinhos durante o final de semana e de comer fora de vez em quando”, relatou.

Para o mapeamento, a empresa analisou durante três meses os hábitos de cerca de 22 milhões de brasileiro desde o ano de 2013. Suas compras, frequência e orçamento. Os números foram estudados com os indicadores nacionais como renda, desemprego e PIB do País.

Luís Moura, economista e coordenador do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, afirmou que tudo isso é um fenômeno. “O brasileiro está passando por um fenômeno mundial e de manutenção de conquista. Mais de 40 milhões de pessoas ascenderam de classe nesses últimos 12 anos e passaram a adquirir bens e serviços que não tinham”, explicou.

Ainda de acordo com Moura, todos estão buscando saídas estratégicas para continuar comprando. “Os consumidores não abrem mão, muda de pessoa ou gosto, mas buscam marcas mais baratas. A indústria entendeu isso também e está estudando formas de não perder a venda, diminuindo a quantidade de produto também para atrair os fiéis à marca”, finalizou.

Anna Paula Aquino
Jornal da Cidade
 


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