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Microcefalia: estado decide adotar protocolo da OMS

Pernambuco redefiniu o padrão de notificação para bebês com microcefalia. O estado, que estava investigando recém-nascidos com perímetro cefálico menor do que 33 centímetros, decidiu adotar os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) e reduzir o escopo de observação para perímetros cefálicos menores do que 32 centímetros, para o caso de crianças nascidas entre 37 e 42 semanas de gestação. A nova orientação faz parte do Protocolo Clínico e Epidemiológico para Microcefalia, publicado ontem pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

O documento traz orientações para profissionais de saúde sobre o processo de notificação das gestantes e atualiza o do bebês. Até então, o estado só estava notificando as crianças já nascidas. De acordo com o protocolo, passam a enquadrar possibilidades de detecção de casos de microcefalia gestantes que apresentarem exantema (manchas vermelhas pelo corpo) e bebês dentro do critério intra-útero, pós-natal e também através de registro de declaração de nascido vivo.

O estado havia decidido estabelecer como critério anterior os 33 centímetros para aumentar a sensibilidade da notificação. Dentre os 646 casos notificados até então, porém, a maioria das crianças têm perímetro menor ou igual a 32 centímetros. Por isso, a decisão de modificar o parâmetro. Para os casos de crianças ainda dentro do útero, é recomendado o uso de um exame de imagem em que se verifique uma circunferência craniana com dois desvios padrão abaixo da média da idade gestacional como medida.

No caso das gestantes, serão notificadas – independentemente da fase gestacional e imediatamente – todas aquelas que apresentarem manchas vermelhas pelo corpo em fase aguda, ou seja, com no máximo cinco dias de início. Serão coletadas amostras de sangue e garantida uma ultrassonografia entre a 32ª e a 35ª semana gestacional. As notificações deverão ser feitas no Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/PE). As coletas serão enviadas para os Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE).

O protocolo foi anunciado, inicialmente, para o último dia 20 de novembro, mas adiado para ser discutido com a rede de assitência descentralizada das macrorregiões do estado. Vinte e quatro unidades de saúde serão responsáveis pelo atendimento das mães e bebês no Recife, Petrolina, Caruaru e Serra Talhada, incluindo hospitais regionais e centros do Mãe Coruja.

Dentre eles, a Associação de Apoio à Criança Deficiente (AACD), o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira e as Unidades de Pronto Atendimento Especialidades (UPAEs) ficarão responsáveis pela reabilitação. O fluxo detalhado das atividades de cada uma. 

Diário de Pernambuco


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