INTERNACIONAL

Milhares de passageiros são afetados por greve em empresas aéreas argentinas

Por volta de 40 mil passageiros foram afetados nesta terça-feira (31) pela greve de 24 horas que está sendo realizada na Argentina por funcionários das companhias aéreas Aerolíneas Argentinas e Austral para reivindicar melhores salários. A paralisação levou ao cancelamento de mais de 370 voos locais e internacionais nos aeroportos do país. A informação é da EFE.

Segundo fontes empresariais, a greve afeta passageiros tanto dentro como fora da Argentina. Muitos não conseguiram embarcar em voos saindo de aeroportos de várias cidades do mundo, como Rio de Janeiro, Nova York, Roma, Miami, Madri e Bogotá.

Na semana passada, diversos grupos sindicais convocaram a greve, após não terem conseguido chegar a um acordo de melhorias salariais nas negociações com as empresas. Os sindicatos asseguraram em comunicado que tentaram evitar o conflito “várias vezes” através do diálogo.

“Lamentamos informar aos nossos passageiros que os voos de hoje e amanhã sofrerão demoras e cancelamentos devido a uma greve sindical”, expressou a Aerolíneas Argentinas através do Twitter, informando que está trabalhando “intensamente” para “normalizar os voos o mais breve possível”.

Pauta salarial

Segundo as organizações que convocaram a greve, durante os 60 dias de negociação, a Aerolíneas “deixou vencer todos os prazos paritários e conciliatórios legais”, não compareceu a uma das audiências convocadas pelo Ministério do Trabalho e “foi intimada pelo mesmo a oferecer uma pauta salarial superior a 16% para destravar o conflito”.

A Aeropuertos Argentina 2000, a principal operadora de aeroportos do país, pediu, através das redes sociais, aos usuários que viajariam hoje através da Aerolíneas Argentinas e da Austral que não comparecessem aos aeroportos e entrassem em contato com as empresas para remarcar os voos.

Assim, os principais aeroportos do país, como o Aeroparque Jorge Newbery, em Buenos Aires, amanheceram praticamente desertos, com apenas algumas famílias e grupos pequenos de pessoas que esperavam para retomar suas viagens.

Em uma entrevista ao canal Todo Noticias, o presidente da Aerolíneas, Mario Dell’Acqua, qualificou como “uma atitude realmente irracional” a greve convocada para reivindicar aumentos de salários.

“Um comandante internacional está ganhando em média 250 mil pesos argentinos por mês (mais de US$ 14 mil). Estes são os que não quiseram hoje fazer seus voos e abandonaram os aviões em todos os aeroportos europeus e americanos”, ressaltou Dell’Acqua.

Agência Brasil


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