BRASIL

Ministro do STF teme violência em manifesto: Já pensou se surgir um cadáver?

A oposição convocou manifestações favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff para o próximo domingo (13), e após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para prestar depoimento a investigadores da Lava Jato na última sexta-feira (4), movimentos próximos ao PT têm convocado a militância para ir às ruas no mesmo dia para defender o governo.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem demonstrado preocupação com os protestos agendados. "Receio muito que forças antagônicas se façam presentes e tenhamos conflitos. É hora de guardarmos valores com punhos de aço e luvas de pelica", afirmou.

Na manhã desta terça-feira (8) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que não serão permitidos atos de grupos favoráveis a Dilma na Paulista. Segundo Alckmin, a decisão foi tomada por razões de segurança e declarou que ativistas pró-Dilma poderiam escolher outro local para se manifestar.

O ministro do STF também defendeu que os apoiadores do governo marquem a manifestação para data diferente do protesto organizado pela oposição. "Receio as agressões físicas. Já pensou se surgir um cadáver? A história revela que, quando surge um cadáver, a coisa degringola", declarou.

O risco de atos violentos é uma preocupação também no Palácio do Planalto. Na segunda-feira (7), a presidente reuniu os ministros mais próximos para fazer um mapeamento prévio dos protestos e discutir a maneira de evitar conflitos.


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