Após disparar mentiras em série na live transmitida em suas redes sociais nesta quinta-feira (29), Jair Bolsonaro terá de apresentar provas concretas das acusações que fez contra o sistema eleitoral brasileiro ao Tribunal Superior Eleitoral até o dia 2 de agosto, na retomada dos trabalhos após o recesso do Judiciário.
A apresentação do material oficial deve ser feita em resposta a uma ação que questiona as provas que ele tem para questionar a credibilidade da urna eletrônica. Apesar de ter anunciado que apresentaria provas na live desta quinta, Bolsonaro só relatou desinformações que já haviam sido desmentidas anteriormente e até o vídeo de um astrólogo acupunturista de árvore.
Mas ministros do TSE estudam novas frentes, informa a jornalista Daniela Lima, da CNN. Ao usar a estrutura da Presidência e TV pública, Bolsonaro pode ter cometido abuso de poder político ou propaganda eleitoral antecipada – alguns tipificados apenas no âmbito eleitoral. Outra possibilidade é o crime de responsabilidade.
O Judiciário prepara uma resposta dura. Na próxima semana, o presidente do STF, Luiz Fux, deve se encontrar com ele e com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. O presidente também foi chamado de “moleque” por um ministro do Supremo que preferiu não se identificar.
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