BRASIL

Mobilidade é apontada como entrave por empresários de PE

Apresentada nesta quarta-feira (28), uma pesquisa realizada pela Amcham-Recife aponta a mobilidade como um dos principais calos na vida do empresariado pernambucano. De acordo com o estudo, 96% dos empresários locais estão insatisfeitos com a estrutura das rodovias do Estado. O levantamento escutou 128 executivos dos vários ramos de negócios localizados no Recife e municípios circunvizinhos.
Na opinião de 46% dos entrevistados, a mobilidade urbana é o principal entrave para a produtividade na empresa, seguida da situação das rodovias (20%). As queixas são maiores dos que as relacionadas aos serviços de telefonia e banda larga (11%) e energia elétrica (9%). “Os empresários também apontaram quais investimentos melhorariam o cotidiano das empresas e o transporte público foi o mais lembrado (78%)”, observou a gerente regional da Amcham, Alessandra Andrade.
Vias urbanas, calçadas e transportes públicos fluviais também foram apontados pelos entrevistados em relação aos investimentos necessários. A minoria (19%) indicou a necessidade de desenvolvimento de ciclovias. Apesar da insatisfação com as rodovias e a mobilidade urbano, os empresários do Estado elogiam a estrutura do Aeroporto Internacional dos Guararapes e assinalam o Arco Metropolitano como a obra estruturadora mais importante para o Estado.
Diretor presidente da Concessionária Rota do Atlântico, Elias Lages enfatizou que mudanças significativas no panorama da infraestrutura e da mobilidade nas rodovias do Estado exigem investimentos e, principalmente, tempo. “Infraestrutura demanda naão só capital inicial, mas investimento de longo prazo. Não é só trocar a capa asfáltica, é todo um envoltório de investimentos. E são esses investimentos que trarão segurança para o empresariado se instalar na região onde a infraestrutura propicie desenvolvimento ao seu negócio”, afirmou.
Gustavo Maia, cofundador do Colab.re – aplicativo com mais de 50 mil cadastrados que permite aos usuários reportar problemas urbanos e encaminha as reclamações aos órgãos públicos competentes –, lembrou que a população não deve aguardar a ação dos políticos sem se mobilizar. “A sociedade precisa estar mais ativa. É importante ter pessoas pensando a cidade, tem que passar por cima do poder público, encarar prefeito e governador e dizer o que pode ou não pode ser feito”, destacou Maia, ao citar o movimento Ocupe Estelita e o debate sobre a implantação do projeto Novo Recife.  


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