BRASIL

Moraes vota para condenar primeiro réu dos atos de 8/1: ‘turba golpista’

De forma inédita para uma ação penal no STF, Moraes utilizou fotos e vídeos da invasão aos prédios do STF e do Congresso durante a leitura de seu voto




247 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira (13) pela condenação de Aécio Lúcio Costa Pereira, que se tornou o primeiro réu a ser julgado no caso da invasão e depredação de prédios públicos ocorrida durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Moraes apresentou um voto incisivo, declarando que os crimes foram perpetrados por uma “turba golpista” e representaram o ponto culminante de uma escalada violenta que teve início logo após os resultados das eleições. Como relator do caso, o ministro foi o primeiro a emitir seu voto, e ainda aguardamos os votos dos demais ministros.



De forma inédita para uma ação penal no STF, Moraes utilizou fotos e vídeos da invasão aos prédios do STF e do Congresso durante a leitura de seu voto. Esse método já havia sido empregado em outras situações, mas nunca em casos semelhantes. 



Moraes também exibiu três vídeos gravados e compartilhados pelo próprio réu, Aécio Lúcio Costa Pereira, durante a invasão ao Senado Federal. Em um deles, Pereira aparece na mesa diretora do Senado durante os distúrbios. Em outro, ele discursa no parlatório da Casa, declarando que não aceitará o “governo fraudulento” de Lula (PT) e que não permitirá o “comunismo” entrar.



O ministro ironizou a situação, questionando se aquilo poderia ser considerado um “passeio pacífico”. Moraes também destacou que o episódio de 8 de janeiro foi o ápice de uma escalada de violência que ocorreu desde as eleições, mencionando tentativas de bloqueio de rodovias por caminhoneiros, uma tentativa de explosão no aeroporto de Brasília e ataques à sede da Polícia Federal em dezembro do ano anterior. Moraes fez um aceno ao Exército em seu voto, reconhecendo que a instituição “não faltou” com a sociedade ao não aderir ao golpe. 



Ele também destacou que, embora alguns militares estejam sob investigação, isso não deve obscurecer o fato de que o Exército não apoiou o golpismo.


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