NORDESTE

Motoristas e cobradores de ônibus fazem paralisação em Teresina; sindicato reivindica pagamentos

Motoristas e cobradores das empresas de ônibus que fazem o transporte público de Teresina paralisaram as atividades durante duas horas, na manhã desta terça-feira (8). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), a paralisação foi uma manifestação contra o não pagamento de salários e benefícios.

Procurado, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (Setut) afirmou, em nota, que tem cumprido os pagamentos com base nas Medidas Provisórias e nos Decretos Federais estabelecidos durante a pandemia. Leia o comunicado na íntegra ao fim da reportagem.

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que acompanha as negociações entre o Setut e a categoria. Agentes de trânsito foram colocados para coordenar o trânsito durante a paralisação.

Segundo o Sintetro, os colaboradores que estão trabalhando sob salário da convenção coletiva de 2019, e os que estão afastados devido à pandemia da Covid-19, recebendo apenas 30% do salário, afirmam não terem recebido ticket e estarem sem planos de saúde.

Ainda de acordo com o sindicato, os motoristas estão recebendo apenas por dias trabalhados, o que vai contra a convenção trabalhista da categoria, que garante o recebimento de salário integral, no caso de quem não teve o contrato de trabalho suspenso durante a pandemia.

A categoria pede o julgamento do dissídio coletivo de greve e, consequentemente, que seja renovada a norma coletiva de trabalho.

Nota Setut
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que as empresas vêm cumprido com os pagamentos da folha aos seus colaboradores (motoristas, cobradores e demais setores), conforme preconizam os ditames das MPs e Decretos Federais nos últimos quatro meses, para atender necessidades diante do cenário da pandemia Covid 19.

Sobre o ticket alimentação, a entidade esclarece que desde de janeiro de 2020, as empresas estão desobrigadas a pagar, uma vez que este item não foi motivo de negociação coletiva para 2020. Portanto, não há obrigação legal.

Nota Strans
A Strans vem acompanhando as negociações entre o Setut e o Sintetro desde a paralisação ocorrida entre junho e agosto deste ano, com duração de mais de 80 dias.

A Superintendência reforça, ainda, que está aberta a mediar no que for necessário e torce para que patrões e empregados entrem em acordo com relação às questões reivindicadas como pagamentos, plano de saúde e ticket alimentação.

Os agentes de trânsito da Strans estão coordenando o trânsito durante a paralisação, com equipes no trecho entre a Rua Areolino de Abreu e Praça da Bandeira.

Os cruzamentos em que não estão sendo permitidas as passagens de veículos estão sendo desbloqueados pelos agentes, para que o trânsito no Centro volte a sua normalidade.


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