NORDESTE

MPF descarta pedir prisão de policiais envolvidos na morte de Genivaldo

Uma reunião realizada, na tarde desta quinta-feira (2), entre representantes do Ministério Público Federal e da Ordem dos Advogados em Sergipe discutiu o pedido da OAB referente a prisão cautelar dos policiais rodoviários federais envolvidos na ação que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, no município de Umbaúba (SE).

 

“A prisão preventiva é uma medida excepcional. Para você pedir uma prisão preventiva tem que ter os motivos para tanto, e esses motivos o Ministério Público ainda está avaliando se eles estão presentes. No momento, a nossa avaliação principal é focar nas provas”, explicou a procuradora-chefe do MPF em Sergipe, Eunice Dantas.

 

Ainda de acordo com ela, não foi sinalizada nenhum tipo de interferência por parte dos envolvidos.“Até agora não chegou nenhum fato que mostre que essas pessoas estejam interferindo de alguma forma nas investigações, muito pelo contrário. Eles já foram afastados das suas funções”.

 

A procuradora disse também que não existe uma data marcada para que os agentes sejam ouvidos. “Até então, a Polícia Federal já realizou as perícias necessárias. Estamos tomando vários depoimentos desde terça-feira em Umbaúba. Até ontem, já tinham sido mais de quatorze”.

 

Ela explicou que há um inquérito policial e um procedimento criminal no MP. “O Ministério Público Federal e a Polícia Federal estão fazendo as investigações de forma conjunta e em sigilo”.

 

O presidente da OAB, Danniel Costa falou sobre o que foi apresentado ao MPF durante a reunião . “A OAB demonstrou os argumentos que a gente entende que a prisão deve ser decretada. Todos os fundamentos e a nossa preocupação com a proteção das provas nós passamos também. Cabe a gente esperar o Ministério Público concluir as investigações, ou até o momento em que vai ser conseguido uma prova que mostre a necessidade de se fazer esse pedido”, disse se referindo a solicitação da prisão dos agentes.

 

Os policiais admitiram que usaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo dentro de viatura. Os agentes envolvidos na ação foram afastados das funções.

g1


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