MARANHÃO

Mudanças nas secretarias alteram funções de alguns secretários

O governador Flávio Dino (PCdoB) promoveu mudanças no segundo escalão do Governo, mexendo na estrutura de importantes secretarias. Tiveram alterações a Casa Civil, Articulação Política, Comunicação, Agricultura, Pesca, Cultura e Turismo.


Na nova conjuntura, a Casa Civil, que continua sob o comando de Marcelo Tavares (PSB), passa a ter mais poderes. Tavares assume o papel de diálogo com os poderes Legislativo e Judiciário, que até então era de Márcio Jerry, na Secretaria de Articulação Política e Assuntos Federativos. Este, por sua vez, continua a tratar dos assuntos políticos, porém, mais ligado às bases e aos movimentos sociais. Também assume a Comunicação do Governo, o que levou o então secretário da pasta, Robson Paz, para a secretaria adjunta.


Marcelo Tavares e Márcio Jerry tinham os melhores postos junto ao governo, mas, ao que parece, vão ter que dividir as forças com o nome que veio, ao longo de 2015, resolvendo questões em aberto em alguns setores. Falamos de Felipe Camarão, que, no dia 2 de janeiro do ano passado, assinou a sua nomeação como secretário de Estado de Gestão e Previdência. Alguns meses depois, foi deslocado para a Secretaria de Cultura, em substituição à professora-doutora Ester Marques. Agora, o advogado assume o papel de secretário de Governo, nova pasta.

Homem de confiança

Felipe, nas palavras do governador, conseguiu atingir sua meta na Segep e, por isso, a confiança em lhe dar nova missão. Olhado com desconfiança, Felipe conseguiu uma boa aprovação junto à classe cultural.


A saída dele deixa uma lacuna de preocupação entre artistas e produtores locais. E o sentimento não diz respeito a Diego Galdino, o novo titular da pasta (que passa a ser secretário de Cultura e Turismo), mas quanto à condução dos trabalhos vinculados.


“O nome não é o problema. O Gaudino é novo, prático, um ótimo gestor, acessível e transparente; tem bons requisitos, apesar de não ser da área (de cultura). Mas tantos da área já passaram e não souberam gerenciar. O problema aí foi o formato, foi a não consulta, o não ouvir à classe artística. Uma imposição, um retrocesso e que vai contra as diretrizes federais das políticas públicas culturais que determinam a independência da pasta da Cultura”, disse o ator, diretor e produtor teatral César Boaes. “Há o risco de virar só uma política cultural de eventos e mercadológica aliada ao turismo”, finalizou.


Para Nan Souza, vice-presidente da Associação Comercial do Maranhão para Assuntos de Turismo, há uma lógica pertinente na decisão do governador, que é a redução de gastos. Mas ele ressalta que a política de turismo administrada com uma gestão eficiente deixa de ser gasto para ser gerador de receitas, empregos e de imagem do estado. “Mudar para fundir duas secretarias que têm afinidade é válido. Agora, é preciso que haja uma política de fortalecimento da cultura e do turismo, porque quem vai fazer o processo de divulgação e dos produtos culturais é exatamente o autor de uma política integrada. Eu não sei até que ponto isso vai funcionar. Vamos dar um crédito à decisão do governador no sentido de que ele transforme a cultura e o turismo em políticas públicas de prioridade. O que pode causar fortalecimento da geração de empregos aqui é justamente estas duas áreas”.


O ex-deputado Joaquim Haickel também fez coro com a proposta de união das pastas. “A fusão destas duas secretarias é muito boa, uma vez que elas têm funções paralelas e complementares.”

Outras mudanças

A partir da junção de outras duas pastas, surge a Secretaria de Estado de Agricultura e Pesca. O titular será Márcio Honaiser (PDT), que já fazia parte do governo, como secretário de Agricultura.

O Imparcial


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