ARQUIVO NORDESTE

Mulheres na cúpula da tecnologia já é realidade no País

Lugar de mulher é na inovação e quem acredita que a área é só para homens está muito enganado

 

Ada Lovelace é uma matemática reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina, no século 18. Em 1960, os cálculos matemáticos realizados por Katharine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson foram fundamentais para o avanço tecnológico que permitiu a ida do primeiro americano ao espaço.

 

São muitas histórias de sucesso que provam que o lugar de mulher é onde ela quiser. Entretanto, a diferença entre homens e mulheres no mercado de tecnologia ainda é enorme.
Segundo dados da ONU Mulheres Brasil, elas estão fora dos principais postos de trabalho gerados pela revolução digital. Em todo o mundo, apenas 35% das mulheres estão matriculadas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. E segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 20% das pessoas que atuam na área de tecnologia são mulheres.

 

Em Brasília, a Tecnisys, empresa de TI com 30 anos de atuação, está na contramão das pesquisas mundiais. O quadro de colaboradores da empresa é composto por 34% de mulheres. Dayse Cristiane da Silva Castro, Analista de Qualidade de Software da Tecnisys, aponta que o trabalho da mulher na área de TI tem sido cada vez mais reconhecido.

 

“O nosso papel é fundamental, pois somos bem mais detalhistas e organizadas. Principalmente na área em que atuo, a de Qualidade, pois temos que avaliar com bastante criticidade o produto que vamos entregar para o cliente”, afirma.

Para Maria Eunice Soares, Gerente de Inovação e Transformação de Dados, a presença das mulheres no mercado de tecnologia vem trazer um novo olhar para o segmento.

 

“As mulheres estão mostrando sua capacidade de trabalho e força para superar os desafios que a área apresenta a seus profissionais, contribuindo com a evolução e inovação tecnológica”, afirma.

 

A gerente de Consultoria e Serviços Especializados da Tecnisys, Clara Larissa Barbosa, conta que sempre trabalhou em empresas na qual a maioria dos colaboradores eram homens, o que não a intimidou: hoje, ela comanda uma equipe exclusivamente masculina.

 

“Me motiva saber que eu consegui conquistar o cargo de gerência e mostrar que nós, mulheres, somos capazes de surpreender na TI”, comemora a gerente. Para Clara, quanto mais diversa for a equipe na empresa, mais completas serão as soluções criadas. Eunice reforça que não são fáceis as conquistas no setor, mas já melhorou muito.

 

“Muitas mulheres ainda enfrentam algum tipo de preconceito ao longo da vida, porém, hoje estamos mais preparadas para nos posicionar e assumir o nosso lugar no mercado de trabalho”, comemora.

 

http://revistanordeste.com.br/mulheres-na-cupula-da-teconologia/


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