Pesquisa Ipespe/JC aponta ainda a aprovação dos governo Lula, Raquel Lyra e João Campos no Recife
A ampla vantagem do prefeito João Campos sobre o eventual candidato do PT, João Paulo, pode, em tese, facilitar a formação de uma chapa puro sangue pelo PSB, para as eleições do ano que vem. Pelos números da pesquisa Ipespe/JC, divulgados nesta quarta-feira, com exclusividade pelo Blog de Jamildo, o socialista, que até aqui se recusa a abrir a vice para o PT, venceria em primeiro turno, atropelando até mesmo o petista na disputa.
Nos sete cenários da pesquisa de opinião, a maior vantagem do socialista é obtida sobre os aliados de Raquel Lyra, seja Priscila Krause ou Daniel Coelho. Contra estes adversários, João Campos iria até 72% das intenções de votos.
No levantamento, os dois candidatos associados diretamemte ao Palácio do Campo das Princesas também aparecem com elevada rejeição. 55% no caso de Priscila Krause, vice de Raquel Lyra, e 53% no caso de Daniel Coelho, secretário de Turismo do Estado. A baixa aprovação de Raquel Lyra pode estar limitando o crescimento dos aliados, neste momento da sondagem.
Resta saber qual será o papel de Lula, de fiador de uma aliança ou se aceitará o quadro como hegemonia do PSB na cidade. Isto porque o presidente Lula, em seu terceiro mandato agora, continua sendo o melhor cabo eleitoral na capital pernambucana. Um eventual apoio dele no Recife aumentaria em 47% a chance de receber voto, enquanto atrapalharia em 18% a chance de ter o voto recusado.
Bolsonaro é que é o mídas ao contrário, de acordo com a pesquisa. Para 57% dos eleitores da capital, ter o apoio dele atrapalharia a chance de voto, enquanto aumentaria para outros 20% dos eleitores.
Sem ter embalado ainda o governo, Raquel Lyra ainda patina neste quesito. Pela pesquisa, um apoio da tucana aumentaria para 21% dos eleitores a chance de voto, enquanto poderia atrapalhar para outros 27% dos eleitores.
Curiosamente, a aproximação de Raquel Lyra com Lula, nos últimos meses, não impediu a piora dela na aprovação. A aprovação dela era 55% em maio e hoje caiu para 47%. Além dos problemas na política, na gestão do governo, os próprios eleitores mais conservadores podem estar criticando a associação com o petista, haja visto que ela não declarou voto nem em Lula nem em Bolsonaro nas eleições.
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