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“Não sei se é o momento”, diz Levy sobre aumento da correção do FGTS

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou nesta sexta-feira (14) ser contrário ao aumento da remuneração das contas do FGTS, e afirmou que a medida encareceria financiamento imobiliário da casa própria.

“Se você vai aumentar a remuneração, é muito legal, mas também vai significar que você tem que aumentar a prestação da casa própria”, afirmou Levy, ao ser perguntado se o governo iria distribuir parte dos lucros do FGTS com os cotistas.

A proposta, que conta com apoio do meio empresarial, é uma alternativa a um projeto de lei que conta com apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O texto, que ainda precisa que iguala a correção do FGTS à da poupança, elevando remuneração das contas do fundo de pouco mais de 3% para pouco mais de 6% ao ano.

A pressão pela mudança na remuneração do FGTS ocorre porque, há 15 anos, o índice aplicado tem ficado abaixo da inflação. Com isso, os trabalhadores têm perdido dinheiro – e não podem sacar os recursos para utilizá-lo quando quiserem. O governo, entretanto, argumenta que uma mudança implicaria em impactos no crédito imobiliário – o FGTS é a principal fonte de empréstimos para compra da casa própria no Brasil, após a poupança.

“Eu não sei se agora é o momento ideal de você aumentar a prestação da casa própria”, disse Levy, após evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham, na sigla em inglês).

IG


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