Netanyahu é acusado de aceitar milhares de dólares em presentes, incluindo garrafas de champanhe e charutos, de amigos ricos, de oferecer troca de favores a um dono de de jornal e de usar sua influência para ajudar um empresário do setor de telecomunicação em retribuição a uma cobertura favorável em um popular site de notícias.
A medida da Justiça não obriga que o primeiro-ministro renuncie, mas aumenta a pressão para que ele deixe o governo. Segundo Netanyahu, as acusações fazem parte de uma caça às bruxas.
Em fevereiro, a polícia recomendou a Mandelblit que fizesse as acusações contra o dirigente. De acordo com o jornal The Jerusalem Post, o procurador-geral vai pedir ao Knesset (Parlamento israelense) que retire a imunidade de Netanyahu, processo que pode levar 30 dias.
Netanyahu terá que deixar o governo. O presidente de Israel, Reuven Rivlin, encarregou o Parlamento de encontrar um novo primeiro-ministro, enquanto ele tenta evitar novas eleições depois que Netanyahu e seu rival Benny Gantz falharam em formar um governo.
O Parlamento terá agora até 11 de dezembro para encontrar um candidato que possa comandar o apoio da maioria dos 120 parlamentares do país ou uma nova eleição geral será convocada para o início de 2020. Seria a terceira nos últimos 12 meses.