NORDESTE

Nos 70 anos de Zé Ramalho, Revista NORDESTE relembra entrevista histórica com o cantor paraibano

O cantor e compositor paraibano Zé Ramalho comemora 70 anos de idade nesta quinta-feira (3). Para comemorar a data, a Revista NORDESTE republica entrevista exclusiva e histórica do artista concedida ao jornalista Walter Santos, em janeiro deste ano, no qual ele faz uma avaliação dos mais de 40 anos de carreira, e fala de tudo: da criação de músicas, histórias em si, drogas, sucesso, fases difíceis e a superação com nova vida.

Durante a entrevista, Zé Ramalho celebra a evolução artística e a mudança na vida, que trata do cuidado com a saúde, convivência com a família, amigos e vida de cantor e compositor. Ele aborda detalhes de sua trajetória, desde quando deixou João Pessoa, em 1978, e apresentou ao mundo “Avôhai”, seu primeiro grande sucesso de uma série imensa de outras canções.

Com lucidez e encantamento, Zé Ramalho explica ainda como conviveu com alucinógenos em sua carreira, e faz uma avaliação como os autores influenciaram na sua vida, desde quando deixou a medicina para se dedicar à música. Também aborda a força da música nordestina, do Tropicalismo e até da acusação de plágio da música “Força Verde”, que o fez conviver com acusações públicas na mídia.

“A origem da música “Avôhai”, decorreu-se em meio a experiências alucinógenas, nos pastos das fazendas entre Paraíba e Pernambuco – porque, sem essas experiências que eu fiz, com certeza não haveria a mensagem do “Avôhai”. Note que, na própria letra da música, há uma descrição dessa experiência. ‘Amanita matutina, que transparente cortina ao meu redor…’ Quem tiver curiosidade de saber o que é ‘amanita’ é só buscar no Google. (…) Essas experiências, época da formação musical, muito rock, show ‘Atlântida’ no Teatro Santa Roza, (foi o primeiro show de rock conceitual da Paraíba) e a decisão definitiva de vir para o Rio de Janeiro, em 1976, deixando para trás, a faculdade de Medicina da Paraíba. A luta diária no Rio de Janeiro para estar vivo: alimentação, roupas limpas e passadas, um lugar para dormir. Cada dia essas questões eram batalhadas. A longa peregrinação pelas gravadoras do Rio e a negativa dos gerentes que escutaram minhas músicas, começando sempre por “Avôhai”. Depois de ouvi-la, eles torciam o rosto e balançavam a cabeça negativamente… Até que, na CBS, a porta se abriu e foi com “Avôhai” que o então presidente da multinacional, Jairo Pires, abriu os braços, depois de ouvi-la e disse: vamos gravar! Vamos assinar um contrato! A música foi gravada com a participação excepcional do músico inglês Patrick Moraz, que nessa época era tecladista da banda inglesa YES e estava no Brasil. Ele foi levado pelo produtor do meu disco para fazer a gravação. São marcos importantes referentes à essa música, pois tudo começou com ela. A estreia do disco nas rádios da época, sendo recebida como uma novidade, foi avassaladora. E o início também nos palcos do Rio, quando o show foi apresentado no Teatro Tereza Rachel, dando início à longa jornada que se seguiria”, disse Zé Ramalho.

Leia a entrevista na íntegra, CLICANDO AQUI.

 


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