Por Redação RNE
O grupo chinês Goldwind inaugurou sua nova fábrica de turbinas eólicas em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, nesta terça-feira (27). A unidade industrial está instalada na antiga sede da General Eletric (GE). A fábrica conta com investimentos de R$ 100 milhões.
A produção estimada, segundo o presidente da companhia chinesa, Cao Zhigang, é que 150 turbinas por ano utilizadas no sistema de energia eólica possam ser produzidas pela unidade em Camaçari, com previsão de gerar 120 empregos diretos e 5 mil indiretos.
O governador Jerônimo Rodrigues participou da inauguração ao lado do presidente do grupo Goldwind, Cao Zhingang, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
“Eu tenho certeza de que a competitividade e a capacidade da Goldwind fará da Bahia e do Brasil um grande exportador, para, além de alimentar o mercado interno, abastecer outros mercados. Então, não é apenas a inauguração de uma indústria de produção de aerogeradores. Faz parte de uma política de transição energética. Porque esse equipamento, com os insumos, ajudará a gente a produzir uma matriz energética mais forte”, comemorou o chefe do Executivo.
Segundo Cao Zhingang, presidente do grupo Goldwind, a inauguração em Camaçari é um marco importante para a companhia: “Estamos felizes em lançar esta unidade para atender o crescente mercado brasileiro de energia limpa. Acreditamos no potencial do Brasil e da Bahia para se tornarem líderes globais em energias renováveis, e esta fábrica reforça nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável”.
A Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas do mundo, produzirá equipamentos com potência entre 5,3 e 7,5 MW, superando a capacidade dos aerogeradores nacionais, que chegam a pouco mais de 6 MW. A expectativa é de que a nova unidade conquiste uma fatia de 25% a 30% do mercado brasileiro, fortalecendo ainda mais a posição da Bahia como um polo estratégico no setor. Essa é a primeira fábrica da Goldwind fora da China.
Cadeia produtiva
O projeto também prevê a criação de um parque de fornecedores de componentes eólicos, composto por pelo menos seis empresas. Entre elas, a Sinoma, que assinou um protocolo de intenções em fevereiro de 2023 para implantar uma unidade de produção de pás eólicas com investimento de US$ 20 milhões (cerca de R$ 104 milhões).
Outra empresa que deverá integrar esse parque é a Thyssenkrupp, que negocia com o governo da Bahia um investimento superior a R$ 300 milhões.
*Com informações do GOVBA
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