BRASIL

Nova manobra de Cunha para permitir chapas avulsas é desobediência ao STF

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirma que se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), insistir na manobra de colocar em votação um projeto que permite o lançamento de chapas avulsas para a comissão do impeachment, incorrendo assim em crime de desobediência à ordem judicial, podendo até mesmo ser preso pelo ato.

“Se isso ocorrer, nós estamos prontos para denunciar a manobra junto à Procuradoria Geral da República e ao próprio STF para que tomem as medidas cabíveis. Dessa vez, a tentativa de mudar as regras do jogo com a partida em andamento, patrocinada pela oposição em conluio com Eduardo Cunha, pode levar o presidente da Câmara à prisão”, alertou Damous.

Tanto ele quanto o também deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) classificaram como "afronta, casuísmo e desrespeito" a tentativa da oposição com apoio de Cunha de burlar a decisão do Supremo, que considerou ilegal o lançamento de candidatura avulsa para a eleição dos membros da Comissão Especial do impeachment.

“Qualquer tentativa de driblar a decisão do STF será considerada por nós do PT um golpe, um casuísmo e uma desobediência à ordem judicial. Se preciso for vamos ao STF denunciar essa manobra tantas vezes quantas forem necessárias, porque ao que parece não há limites da parte dos golpistas que agora tentam algo jamais visto, afrontar uma decisão do STF e o próprio Estado Democrático de Direito”, afirmou Pimenta.

Cunha pretende discutir o projeto do líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), que altera o regimento interno para prever as candidaturas avulsas. "Se estão querendo forçar a mão para atropelar a decisão do Supremo e afastar a presidente Dilma sem provas, vai cair no Supremo de novo", afirmou o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

Agência Brasil 


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