PERNAMBUCO

Nove imóveis são interditados após desabamento de galpão na Zona Oeste no Recife

Mulher que mora perto do local conta que ouviu som alto antes de nuvem de poeira subir. Defesa Civil realiza nova vistoria nesta quarta (14). Ninguém ficou ferido.

 

A Defesa Civil interditou nove imóveis no entorno do galpão que desabou na noite da terça-feira (13), no bairro da Estância, na Zona Oeste do Recife. A equipe realiza uma análise mais detalhada nesta quarta-feira (14) para verificar as possíveis causas do desabamento e o que pode ser liberado, e o que vai precisar passar por reparos ou ser demolido.

No imóvel, funcionava uma empresa de venda de equipamentos para supermercados, restaurantes e afins, que já estava fechada quando ocorreu o incidente e, por isso, não houve registro de feridos.

Na parte da frente do imóvel, funcionava a loja e, nos fundos, o depósito do estabelecimento. A parede frontal ficou de pé, mas foi possível ver que a parte de trás do estabelecimento veio abaixo. Algumas paredes ficaram pendendo no ar e devem ser demolidas, segundo o secretário de Defesa Civil do Recife, Cassio Sinomar.

“Isso tudo é risco para a população. […] Vamos verificar para dar mobilidade para a rua aqui. Vamos verificar com o proprietário para ver quais são as medidas que ele vai tomar”, apontou o secretário.

Moradores do entorno relataram que já haviam percebido problemas na estrutura da construção. “A gente avisou à Defesa Civil, falava com líder comunitário. Tinha rachadura, buraco na janela e água minava muito [pela parede]”, contou Taíse Lima, que mora numa casa próxima ao

O imóvel fica na Avenida Recife, nas proximidades ao supermercado Atacadão. Taíse relatou ter ouvido três sons altos, antes de ver a nuvem de poeira subindo. “Pegamos as crianças e corremos para o quintal”, recordou.

O imóvel era alugado. O locatário e proprietário da loja Filareti Nobre, negou que houvesse rachaduras ou vazamentos por baixo. “Há dois anos que estou nesse prédio. A gente trabalhou ontem [terça] o dia todinho, porque aqui o horário era de 8h às 17h. […] Quando eu saí, que cheguei em casa, foi que ligaram para mim”, contou.

Nobre afirmou que se alguém foi procurado, deve ter sido o proprietário do imóvel, mas que ele desconhecia problemas. Agora, o desafio é tentar repor os prejuízos.

 

“É imensurável o prejuízo que eu tive. […] Documento, tudo. Eu não sei nem mais o que vou fazer. Eu só tenho essa renda”, declarou o proprietário.

 

Apesar do ocorrido, Nobre contou que ficou aliviado por saber que não houve feridos ou vítimas. “Os bens, acontece, a gente perde e pode recuperar. Eu sei que vai ser muito difícil, mas a vida é que é primordial. Então, graças a Deus que não houve vítimas nem na parte da loja, nem na vizinhança”, disse o proprietário.

 

Vistoria

 

A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) informou que fez o desligamento da energia do prédio ainda na terça-feira (13) e liberou para atuação do Corpo de Bombeiros, que encerrou a atuação por volta das 21h.

A Defesa Civil fez uma primeira avaliação na noite da terça, mas um trabalho mais detalhado foi iniciado nesta quarta.

“A gente precisa fazer essa avaliação, eliminar todos os riscos e, depois, verificar todas as causas desse acidente terrível. Graças a Deus, não teve vítima. Porém, nossa prioridade agora é verificar todo o entorno”, declarou Sinomar.

Segundo o secretário, os moradores dos imóveis interditados foram dormir na casa de parentes.

 

*g1pe


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