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Novidade: Fórum Portugal Qatar à procura de dinamizar relações empresariais

Fórum Portugal Qatar à procura de dinamizar relações empresariais
Associação sem fins lucrativos, apresentada esta quinta-feira em Lisboa, pretende estreitar relações bilaterais sociais, culturais e empresariais entre os dois países.

Chama-se Fórum Portugal Qatar e pretende afirmar-se como uma “plataforma para o desenvolvimento de conexões” entre os dois países, desenrolando-se essencialmente em cinco áreas de atuação: economia, turismo, desporto, cultura e saúde.

“Queremos promover o que de melhor se faz em Portugal no Qatar e, simultaneamente, constituirmos como referência para pessoas no Qatar que começam a fazer perguntas sobre Portugal”, realça o fundador, Nuno Anahory, que trabalha há aproximadamente uma década como consultor de negócios de e para o mercado do Qatar.

Idealizada no último confinamento em Portugal, a iniciativa veio aliar “a vontade de procurar construir pontes e por alavancar e contribuir para o desenvolvimento económico das empresas portuguesas” ao desejo de “corporizar a experiência e o legado construídos nos últimos dez anos”, explica Nuno Anahory, em declarações ao Negócios.

O Fórum foi oficialmente apresentado esta quinta-feira, em Lisboa, mas já foi desafiado a levar uma missão de empresas portuguesas a três eventos, incluindo o Qatar Travel Mart (QTM21), que vai decorrer de 16 a 18 de novembro, onde garantiu presença. “Já contratualizamos com dois dos maiores ‘players’ na área da hotelaria e de viagens de Portugal um ‘stand’ tripartido”, adianta Nuno Anahory.

“Queremos fazer algo idêntico para outras atividades de negócio, desde logo na área do desporto e da cultura”, realça, apontando que o mesmo é válido em sentido inverso, procurando-se “desafiar as entidades do Qatar para também fazerem a promoção da cultura e do desporto em Portugal”.

Além disso, a iniciativa tem também os olhos postos numa “extensão” à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), atendendo a que Portugal faz parte e o Qatar viu-lhe ser atribuída a categoria de observador associado na última cimeira, realizada em julho.

Do ponto de vista das oportunidades para o tecido empresarial português, Nuno Anahory aponta para o universo que vai orbitar em torno do Mundial de Futebol do próximo ano. “Todas as obras ou estão realizadas ou encontram-se em fase de conclusão, pelo que tudo o que seja ativação de serviços e entretenimento são áreas de negócios que queremos levar para o Qatar”, sublinha. Mas com o Qatar a organizar os Jogos Asiáticos de 2030 há outra janela que se abre a médio prazo: “Olhamos para o Qatar não tanto para 2022, mas a oito/nove anos, acreditando que há muito para se fazer”.

Já no sentido inverso, Nuno Anahory dá o exemplo do “investimento significativo” feito por um empresário do Qatar na área da hotelaria em Portugal, aguardando com expectativa a retoma do voo direto Doha-Lisboa para “dinamizar o fluxo de passageiros” enquanto o “espírito árabe” faz o resto: “Quando um empresário entra num mercado os outros sentem conforto para poder ir atrás”.


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