BRASIL

Offshores atribuídas a Cunha e lobista tinham o mesmo operador

Documentos da empresa de consultoria e advocacia panamenha Mossack Fonseca indicam que as offshores atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e ao empresário João Augusto Rezende Henriques, teriam sido operadas por David Muino, que se apresenta como vice-presidente do banco suíço BSI.

 

A apuração faz parte da série Panama Papers, cujos dados dados foram obtidos pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung e compartilhados com o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos).

 

Muino teria sido o responsável por atuar na abertura da conta da Acona International Investments Ltd, pertencente a Henriques, e na da Penbur Holdings S.A, offshore aberta em nome de Cunha, segundo depoimentos de delação premiada feita por vários envolvidos na Operação Lava Jato.

 

Os arquivos da Mossac também levantam a suspeita de que uma outra offshore, Stingdale Holdings Inc, que também teria sido intermediada por Muino, pode ter sido utilizada para movimentar dinheiro desviado do fundo de pensão da Petrobras.

 

Apesar da siuspeita em torno da conta da Penbur no banco BSI, a assinatura de Cunha não aparece nos documentos. A abertura da conta está assinada pelos panamenhos Jose Melendez e Yenny Martinez, que seriam funcionários da Mossack. Ambos teriam como função assinar documentos de maneira a proteger a identidade dos verdadeiros donos das contas

 

"Desafio que provem que tenho qualquer relação com essa offshore, com essa Mossack e com a pessoa citada [David Muino]'', declarou Cunha.


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