Pacientes são alojados em chão de hospital, em São Luís/MA

Por conta da superlotação no Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), os pacientes estão sendo obrigados a serem alojados nos corredores e até no chão da unidade hospitalar, correndo o risco de serem contaminados pelo espaço sujo.

O hospital não possui vagas o suficiente de enfermarias para atender a grande demanda de pacientes no Socorrão, que é considerado o maior hospital de urgência e emergência da região central da capital.

Sobre a superlotação no hospital, o secretário de Saúde do Município, Lula Fylho, disse em entrevista à Rádio Mirante AM que o local funciona em sistema de rede e quando algum fator não está funcionando o hospital acaba sendo afetado. “Quando a gente vê um corredor de Socorrão, seja o Socorrão I ou o Socorrão , lotado a gente tem que entender que ali é consequência de algo que não está funcionando em uma rede. A saúde pública funciona como rede e se qualquer ponto desta rede der problema vai cair sobre os hospitais”.

Ele ressaltou que o hospital busca identificar os casos mais graves para que seja prontamente solucionado. “Qualquer paciente que chegar a qualquer hora do dia e com qualquer problema que seja a gente tem que atender. Então, o que a gente tem buscado fazer é identificar quais são os nossos maiores gargalos, qual o perfil do paciente, número de atendimentos, percentual de atendimento de cirurgias, ou seja, fazer uma análise minuciosa para mostrar onde a gente possa agir acessivamente em cada um dos pontos e a gente tem feito isso”.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que o atendimento segue de modo regular aos pacientes tanto nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) quanto nos hospitais de alta complexidade.

Pacientes deitam no chão por falta de macas no Socorrão I em São Luís — Foto: Douglas Pinto/TV Mirante

Greve dos vigilantes

Além da falta de infraestrutura, o Socorrão I também está sofrendo com a falta de segurança já que os vigilantes do hospital decidiram entrar em greve nesta quarta-feira (12) em São Luís.

De acordo com a categoria, há seis meses a Prefeitura da capital não repassa a empresa terceirizada, da qual eles fazem parte, os salários. Por conta da paralisação dos vigilantes, atualmente quem está fazendo a segurança de todo o hospital é apenas um maqueiro, que tem como responsabilidade controlar e acesso de entrada e saída de veículos em uma guarita.

Sobre o atraso no pagamento dos vigilantes, o secretário municipal de Saúde pontuou que o problema está sendo solucionado e que a demora é por conta da burocracia. “Houve um atraso dos salários, a gente está solucionando, estamos com dinheiro no caixa. A questão é a burocracia da gestão pública. Por que não pagou? Porque faltou o remanejamento do orçamento que ficamos de fazer hoje. Qual é o remanejamento? A gente tramita o processo, paga e volta ao normal”, finalizou.


Por G1/MA


Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Recomendamos pra você


Receba Notícias no WhatsApp