BRASIL

Partidos tentam acelerar processos contra Bolsonaro no TSE, mas precisam escolher entre o “tempo” e o “tamanho da bala”

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitir que novas provas sejam acrescidas aos processos contra Jair Bolsonaro (PL), a Coligação Brasil da Esperança, encabeçada pelo PT, e o PDT avaliam “turbinar” os processos para garantir que o ex-ocupante do Palácio do Planalto seja declarado inelegível.

 

No entanto, um integrante do TSE afirmou ao UOL que será preciso escolher entre o “tempo” e o “tamanho da bala” que será usada contra Bolsonaro. Se novas provas forem incluídas, advogados de defesa pedirão para ouvir mais testemunhas, como forma de arrastar o processo.

Os partidos têm pressa para condenar Bolsonaro, porque avaliam que a futura mudança na composição do tribunal poderá alterar o resultado esperado. Em maio, o ministro Ricardo Lewandowski se aposentará e será substituído no TSE por Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Hoje, a expectativa é de que a inelegibilidade de Bolsonaro pode sair até julho de 2023. Bolsonaro responde a 16 processos no TSE, e pelo menos um deles poderá torná-lo inelegível, na avaliação de ministros.

 

O PDT tenta garantir a inelegibilidade de Bolsonaro por meio do processo que questiona a reunião feita pelo ex-chefe do Executivo com embaixadores para atacar as urnas eletrônicas. Foi anexada ao caso a ‘minuta do golpe’, encontrada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro Anderson Torres. Este deverá ser o único acréscimo, já que o partido aposta na velocidade e quer Bolsonaro condenado o quanto antes.

 

Já a Coligação Brasil da Esperança aposta em “turbinar” os processos. A ideia é que não faltem provas para condenar Bolsonaro, e por isso novos pedidos de inclusão já foram feitos.


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