PARAÍBA

PCdoB de Flávio Dino vai com Edivaldo nas eleições de 2016

O quadro das eleições municipais de 2016 começa a ganhar novos contornos. O governador falou durante o Encontro Nacional da Juventude do PPS, realizado no último sábado, 25, e ratificou em uma rede social que a máquina do estado não irá interferir na disputa. “As eleições municipais do próximo ano ocorrerão em clima de total e inédita liberdade. Os Leões não lutarão para proteger prefeitos. Eu participarei das eleições municipais como militante político, em nome pessoal. O governo do estado não terá candidatos ‘oficiais’”, escreveu o governador no Twitter.

A declaração despertou interpretações no cenário político de São Luís. Estaria Flávio Dino afastando-se da responsabilidade política de contribuir pessoalmente com aliados e fortalecer seu grupo? Muitos apostam que não. Com a declaração, ele afasta a possibilidade de utilizar a máquina governista como uma ferramenta eleitoral – manobra comum nos governos anteriores -, mas terá sim suas preferências.

E ontem, seu partido, o PCdoB, afirmou que prefere a reeleição do prefeito Edivaldo Júnior. O dirigente municipal do PCdoB em São Luís, Haroldo Oliveira, confirma que os comunistas marcharão ao lado do atual prefeito. “Estamos juntos e vamos trabalhar para melhorar ainda mais o cenário político em busca de garantir sua reeleição”, comentou.
Segundo ele, o prefeito está em “processo de procura de partidos” (analisa um convite do PDT para filiação) e que a coligação independe da filiação partidária do gestor municipal. Ou seja, não importa em que partido Edivaldo Junior esteja, o PCdoB irá apoiá-lo.

Feito no início da campanha para a prefeitura em 2012, o convite para o PDT foi reiterado por lideranças no congresso da juventude do partido no último domingo (26). De acordo com o presidente estadual Julião Amin, o PDT aguarda posicionamento do prefeito e ainda não foi discutido entre os filiados se o apoio à reeleição de Edivaldo Holanda será mantido caso ele continue no PTC.

Eliziane Gama

A declaração do governador animou a deputada federal Eliziane Gama (PPS). Ela tenta emplacar o nome para concorrer ao Palácio de La Ravardière, no ano que vem, desde que desistiu de concorrer ao cargo de governador para apoiar Flávio Dino. E tem jogado o governador contra a parede, cobrando-lhe neutralidade nas eleições municipais, já que contribuiu com ele na sua eleição para o governo, ano passado. Diplomático, Dino não faz gestos contrários e mantém-se em sintonia também com a aliada do PPS.

“Isso demonstra que Flávio Dino é governador dos 217 municípios maranhenses. Um governador eleito numa coligação com dez partidos e, se cada partido lançar uma candidatura, ele terá que apoiar todas”, diz Eliziane, comentando a declaração do governador. A deputada vem atuando em várias frentes para viabilizar a candidatura. Uma delas é uma possível fusão entre o PPS e PSB, que tem uma “possibilidade real” de acontecer.

Na semana passada, lideranças dos dois partidos se reuniram em São Paulo para discutir a união das siglas. No Maranhão, o PPS tem apenas a deputada em Brasília e um deputado estadual, Welington do Curso. Já o PSB elegeu o senador Roberto Rocha em 2014, o deputado federal Zé Reinaldo Tavares e tem ainda dois vereadores na Câmara Municipal de São Luís, Roberto Rocha Júnior e Osmar Filho. Na Assembleia Legislativa, tinha como representante Bira do Pindaré, que se licenciou do mandato para assumir a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

O Imparcial


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