Um estudo científico desenvolvido no Laboratório de Pesquisa e Aplicação de Óleos Essenciais (LOEPAV-UFMA) sob orientação do professor doutor em química, Victor Elias Mouchrek Filhoe, aponta para a utilização de alternativas de baixo custo e mais acessíveis, nos tratamentos das doenças interligadas ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.
Por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) a pesquisadora Thaylanna Pinto de Lima, graduanda em Química Industrial pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), desenvolveu o estudo ‘Avaliação da atividade ovicida, larvicida e adulticida frente Aedes aegypti de formulações bioativas dos óleos essenciais de Alpinia zerumbet, Dysphania ambrosioides e Syzygium aromatium‘. Ela analisou a eficiência do uso desses óleos no controle dos ciclos de evolução do mosquito.
Uso de plantas
Foram utilizados os óleos essenciais, extraídos de plantas conhecidas popularmente como jardineira, cravo-da-Índia e mastruz, cujo extrato pode se tornar um meio sustentável e economicamente viável para o combate ao Aedes aegypti, em todas as suas fases da vida.
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Estes óleos essenciais foram transformados em formulações bioativas, na forma de nanoemulsão, produzidos por meio de método de baixa energia, baixo custo e ecologicamente viável. Também foram realizados testes de toxicidade e substâncias aplicadas em mosquitos na forma adulta, larva e ovo.
Segundo o estudo, os óleos essenciais contêm compostos químicos que garantem o potencial esperado contra o Aedes aegypti, trazendo assim uma perspectiva de alternativa para o controle e combate, de forma ecologicamente segura e economicamente viável.
“Utilizamos plantas presentes na medicina popular e culinária regional. As formulações produzidas foram mostradas como alternativa de controle e combate do mosquito Aedes aegypti em suas fases de vida, bem como ajudar assim na diminuição de casos de Dengue, Zyka, Febre Amarela e Chikungunya, que servem a todo o território nacional”, enfatizou Thaylanna de Lima. O próximo passo será a aplicação, em larga escala, das bioformulações produzidas.
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A pesquisadora destacou o apoio da Fapema, que possibilitou a conclusão do estudo. “A Fundação proporcionou os recursos necessários para a realização da pesquisa e manutenção das análises, durante todo o período de vigência do estudo. Com o suporte da Fapema, pretendemos desenvolver o tema e contribuir para o conhecimento de métodos mais acessíveis e de baixo custo, permitindo um diagnóstico e tratamento mais eficiente e somando com as ações de saúde pública”, frisou Thalyanna de Lima.
Combate às arboviroses
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O presidente da Fapema, Nordman Wall, destaca a relevância dessas pesquisas no contexto da saúde pública estadual e nacional.
“O combate às arboviroses é uma prioridade não só para o Governo do Estado do Maranhão, mas para o país. A Fapema tem a missão de estimular a produção de conhecimento científico, e investir em estudos que contribuam para o enfrentamento dessas doenças é uma estratégia para ações de controle destes casos, com reflexo na melhoria da qualidade de vida da população”, pontuou.
Maranhão é um dos estados do Nordeste e do país que receberam as primeiras doses da vacina Qdenga. O estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde, já deu início à vacinação e também participa do Dia D de combate à dengue , neste sábado, 2 de março.
*Com informações da FAPEMA
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