BRASIL

Pesquisa Plano de Voo 2024 da Amcham Brasil aponta otimismo dos empresários brasileiros

Da Redação RNE

 

Os empresários brasileiros estão otimistas sobre os resultados dos seus negócios para 2024 e
indicam como prioridades para o governo o equilíbrio fiscal, a regulamentação da reforma
tributária e a segurança jurídica. É o que revela pesquisa inédita da Amcham Brasil, com
775 líderes empresariais, intitulada “Plano de Voo Amcham 2024“. A maioria dos respondentes é de alto executivos, de grandes e médias empresas, que, somadas, geram mais de 600 mil empregos e possuem um faturamento estimado superior a R$ 660 bilhões.

 

A pesquisa, conduzida entre 3 e 18 de janeiro, entrevistou principalmente CEOs, sócios e diretores de grandes e médias empresas em todo o Brasil. Entre os participantes, 93% esperam crescimento nas receitas de suas empresas neste ano, sendo que quase metade deles projeta aumento acima de 15%.

 

O resultado positivo decorreria de aumento de vendas no mercado interno (72%), maior capacidade de produção ou prestação de serviços (49%) e ganho de eficiência ou redução de custos (49%), entre outros motivos.

 

Expectativas em relação ao Governo Federal

 

Entre as principais medidas esperadas em relação ao governo para o crescimento da economia
estão o equilíbrio fiscal (80%), a regulamentação da Reforma Tributária sobre o consumo (62%), bem como a segurança jurídica e redução da burocracia (62%).

 

“A pesquisa demostra que o setor empresarial está confiante no desempenho dos seus
negócios em 2024. Esse tom positivo reflete a evolução dos indicadores econômicos ao longo
do ano passado e vem acompanhada de uma sinalização inequívoca sobre a importância de responsabilidade fiscal e avanços no ambiente de negócios”, aponta Abrão Neto, CEO da
Amcham Brasil, entidade que representa 1/3 do PIB brasileiro.

 

Prioridades e impactos da Reforma Tributária

 

A sondagem perguntou quais áreas devem ser priorizadas pelo governo federal neste segundo
ano de mandato. Entre 14 opções listadas, as mais citadas pelos empresários foram:

 

1. Política Econômica (79%);
2. Infraestrutura (54%);
3. Empregos (53%);
4. Inovação e Tecnologia (49%); e
5. Política Industrial (46%).

 

Sobre o impacto da reforma tributária sobre o consumo, 41% dos respondentes disseram
esperar impactos muito positivos ou positivos. Para 35%, os efeitos da reforma seriam neutros,
no sentido de que ainda não estariam claros o suficiente. Já para 21% a avaliação é negativa
ou muito negativa.

 

“A maior fatia dos participantes antecipa efeitos favoráveis da reforma tributária sobre os seus
negócios. No entanto, uma parcela considerável de 35% está em compasso de espera,
aguardando maior clareza sobre o alcance e a forma de aplicação das novas regras para avaliar os seus impactos. É por isso que a regulamentação da reforma aparece como uma das principais demandas em relação à agenda econômica do governo para o ano”, comenta Abrão
Neto.

 

Sobre o cenário externo

 

A percepção das empresas é que os fatores externos que mais podem afetar a economia e os
negócios em 2024 são:

 

● Disputas geopolíticas e conflitos internacionais (61%);
● Políticas econômicas das demais economias mundiais (58%);
● Flutuações no mercado global de commodities (55%); e
● Liquidez internacional e os fluxos de investimentos (33%).

 

Eleições nos Estados Unidos

 

A pesquisa revela que 71% dos executivos brasileiros avaliam como alto ou médio o impacto sobre o Brasil das eleições presidenciais nos Estados Unidos, prevista para 5 de novembro deste ano.

 

Apenas 23% acreditam que o Brasil será pouco ou nada afetado pelo resultado desse pleito.
Perguntados sobre as prioridades entre o Brasil e os Estados Unidos para 2024, quando se
comemoram os 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países, os temas mais
relevantes foram:

 

1. Comércio e investimentos (75%);
2. Tecnologia e Inovação (65%);
3. Educação e Mão de Obra (41%);
4. Cooperação Política (38%); e
5. Energia, incluindo renováveis (30%).

 

Apresentação em Pernambuco

 

 

Durante a apresentação da pesquisa em Pernambuco esta semana para empresários e gestores públicos do Estado, a gerente regional da AMCHAM, Fernanda Angeiras, trouxe destaque para a pesquisa realizada em parceria com o Poder Data, revelando o otimismo de 93% dos entrevistados e projeções de crescimento acima de 10% para 58% dos participantes.

 

Entre os painelistas convidados pela entidade para o evento, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Guilherme Cavalcanti, e  Leonardo Lahud, consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID.

 

Em sua participação, o secretário da SDE-PE destacou que o cenário econômico atual de Pernambuco é muito favorável para atrair novos investimentos.

 

Segundo ele, Pernambuco foi o segundo melhor estado do Brasil e primeiro colocado no Nordeste em austeridade fiscal, em 2023, simplificando regras tributárias, o que gerou, disse o secretário,  um melhor ambiente de negócios com segurança jurídica. “Estamos confiantes que este ano Pernambuco será o Estado que mais vai atrair investimentos no país”, frisou Cavalcanti.

 

Leonardo Lahud, consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID,  acrescentou que Pernambuco atraiu, ano passado,  R$ 2,6 bilhões de investimentos e representa no cenário econômico 2,5% do PIB Nacional. No ranking de competitividade, é o 16ºno Brasil e 3º no Nordeste.

 

A íntegra da pesquisa “Plano de Voo Amcham 2024” pode ser acessada aqui.


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