NORDESTE

Pesquisadores pedem mudança urgente e gestora aponta normalidade

Por Walter Santos



Agora é fato na direção do Ministério da Ciência e Tecnologia com a formalização de documento assinado por pesquisadores do INSA – Instituto do Semiárido, em Campina Grande, reclamando da atual gestão por tratamentos contra o segmento de pesquisadores e a propria instituição. A presidente Mônica Tejo rebate fortemente as queixas e diz que reclamações passam por quem não tem comprometimento com trabalho.



“Não é possível continuarmos sob o atual modelo de gestão, que se mostrou bastante deletério. Já perdemos importantes pesquisadores que, em função da perseguição impetrada, afastaram-se do INSA, deixando de contribuir para a produção científica oriunda do Instituto, denunciam os pesquisadores”, diz trechos da carta. A diretora contesta e apresenta argumentos:

 

“Quando chegamos ao INSA em 2020 havia um clima de fechamento do instituto, entretanto, graças à nossa dedicação e apoio de setores gerais “superamos todas as adversidades possíveis, inclusive com quem nunca demonstrou interesse em contribuir com as mudanças indispensáveis”, afirmou Mônica Tejo.




Segundo dados obtidos pelo site da Revista NORDESTE, a “Carta que representa 60% dos pesquisadores e servidores do Instituto Nacional do Semiárido ( INSA) , foi endereçada à Subsecretaria de Unidades de Pesquisa do Ministério De Ciência, Tecnologia e Inovação”.

 

Eis a íntegra do documento :



“Este documento tem o objetivo de expressar uma grande preocupação com o quadro atual no qual se encontra a gestão do Instituto Nacional do Semiárido, INSA. Não é de hoje que parte do corpo funcional desta Unidade de Pesquisa vem passando por constrangimentos e circunstâncias desafiadoras que demandam um olhar mais atento por parte do MCTI

 

 

Desde o início da gestão atual (de 2020 até o momento), instaurou-se um método administrativo persecutório, ideológico, insuportável”.



E acrescenta: “Para se ter uma ideia, mais da metade dos servidores da área finalística estão arrolados em alguns processos acusatórios baseados em denúncias fantasiosas e sem materialidade, inclusive no âmbito da Polícia Federal, que já deu seu parecer, o mesmo segue anexo, e na página 18, encontra-se a conclusão, destacando que […O conjunto de dados presente no inquérito ilustra que parece de fato existir uma situação de tensão elevada e desinteligência na unidade de pesquisa…]” .

 

 

Diz ainda: “Para além do caso já citado, podem ser pontuados outros aspectos ligados a esta gestão, tais como falta de transparência nas ações administrativas, assédio moral com servidores, empregados públicos e terceirizados, abuso de poder e ausência de diálogo e desprezo pela competência de alguns pesquisadores”.



Ainda adiciona: “Não é possível continuarmos sob o atual modelo de gestão, que se mostrou bastante deletério. Já perdemos importantes pesquisadores que, em função da perseguição impetrada, afastaram-se do INSA, deixando de contribuir para a produção científica oriunda do Instituto. A situação é preocupante devido a captação de membros do comitê de busca que agora no mês junho selecionará o próximo diretor.

 

 

Certamente, a continuar essa situação, o INSA perderá ainda mais. SOS INSA!”

 

SEM PROCEDÊNCIA

 

Monica Tejo repetiu que o INSA vive “os efeitos da reconstrução de muitos projetos relevantes mas que, mesmo assim, numa instituição democrática precisamos conviver com quem prega a discórdia exatamente pela falta de comprometimento com as ações e projetos fundamentais para a existência de resultados por parte do INSA”.

 

Ela confirmou que participará do Comitê de Busca para escolha de lista tríplice visando a reeleição no cargo.

 


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