BRASIL

Petrobras admite negociar pauta de grevistas fora do Acordo Coletivo de Trabalho

A Petrobras informou, em nota divulgada hoje (9) à noite, que “se dispôs a avançar em itens reivindicados pelas entidades sindicais” e “discutir aqueles não relacionados diretamente ao ACT”, o Acordo Coletivo de Trabalho 2015 dos petroleiros, que estão em greve desde 24 de setembro.

Para isso, representantes da empresa fizeram hoje duas reuniões com as entidades sindicais. Pela manhã, o encontro foi com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e integrantes de sindicatos filiados à entidade e à tarde com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e seus sindicatos, para buscar o fechamento do ACT 2015.

“A empresa está aberta à negociação e a discutir as reivindicações dos representantes dos empregados. O agendamento de novas reuniões esta semana e a retomada do diálogo reforçam os esforços na busca por entendimentos para o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2015”, diz a nota.

A Petrobras informou ainda que tem conseguido reduzir os impactos da greve sobre as operações por meio do plano de contingência. “A perda diária de óleo por efeito da greve diminui 60% desde o dia 02/11. O impacto atual estimado na produção de petróleo tem sido, desde o último sábado (07/11), da ordem de 115 mil barris ao dia”, afirma a nota.

Para o diretor do Sindipetro NF, Norton Almeida, o fato de a empresa ter aberto negociações foi uma vitória para a categoria, mesmo que a reunião não tenha sido conclusiva: “Para uma primeira negociação, a gente não tem a ilusão de que tudo se resolveria em uma primeira mesa”, disse em entrevista à TVNF, transmitida no site da FUP.

O coordenador-geral do Sindipetro NF, Marcos Brêda, que participou do encontro, disse que a data da nova reunião ainda não está marcada, mas houve uma mudança da empresa, porém, “já adiantamos que não vamos aceitar, conforme está na pauta nenhuma perda de direitos”.

Sobre a greve, Brêda informou que 48 unidades continuam participando da paralisação, mas a Petrobras tem conseguido retomar o funcionamento de algumas com a utilização de equipes de contingência.

Cristina Indio do Brasil
Agência Brasil


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