NORDESTE

PF faz operação que mira comércio ilegal de armas de fogo por CACs e clube de tiro no Nordeste

 A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (21)21) uma operação contra o comércio e o porte ilegal de armas por meio de registro de Colecionador, Atirador desportivo e Caçador (CAC). De acordo com o G1, os agentes cumpriram quatro mandados de prisão preventiva, 37 mandados de busca e apreensão, 11 ordens de suspensão das atividades de natureza econômica de pessoas jurídicas,  além do sequestro de bens adquiridos a partir de 2019 e o bloqueio de dinheiro. Os mandados foram cumpridos em Alagoas, Pernambuco e São Paulo.

 

Segundo a PF, os investigados fraudavam o registro de CAC para a aquisição de armas de fogo que eram revendidas posteriormente. O grupo investigado também fazia uso de perfis nas redes sociais para divulgar a venda e incentivar o uso do armamento por civis. A operação foi deflagrada após a Justiça de Caruaru, em Pernambuco, ingressar com uma representação sobre o caso junto à PF e ao Ministério Público Federal (MPF).

 

Segundo as investigações, o grupo foi identificado como uma organização criminosa dedicada à produção de documentos falsos para “viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao comércio, quanto ao porte ilegais de armas de fogo”.  Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, porte ilegal de arma de fogo, comércio ilegal de arma de fogo, dentre outros delitos.

 

A política armamentista do governo Jair Bolsonaro (PL) fez com que os registros dos CACs, uma das bases de apoio do bolsonarismo, triplicassem em relação ao total dos 15 anos anteriores. De acordo com dados do Exército obtidos pela Lei de Acesso à Informação, foram concedidos entre 2003 e 2018 171.431 registros de CACs. De 2019 – quando se iniciou o governo Bolsonaro – até agora, o número saltou para 549.831.

O incentivo às armas de fogo por civis é criticado por especialistas que avaliam que a medida favorece o comércio ilegal de armas de fogo e munições para grupos, facções criminosas e milícias, além de nçao garantir a segurança da população.

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