BRASIL

Piauí tem PIB mais baixo, mas mostra grande crescimento econômico

Há cerca de dez anos, o clima quente do Piauí, que torna semiárida uma área de 251 577,738 km², território um pouco maior que o Reino Unido, também está esquentando a economia do estado. Apesar de se encontrar na 23ª colocação no ranking dos números dos PIBs estaduais, na última década o cenário econômico local está se transformando e o quadro evolutivo já é perceptível pelo crescimento do PIB. Em relação ao ano de 2010 a 2011, o PIB do Piauí teve crescimento de 6,1%, ou seja, 2,5 vezes maior que o crescimento do nacional, que foi de 2,17%. Quanto à renda per capita, o estado está colado com o Maranhão, tendo R$7.835,75 e R$7.852,77, respectivamente.

Uma das causas da evolução econômica no estado é a participação da indústria, que tem ampliado sua contribuição na economia piauiense, como reflexos da política de atração de investimentos, através da isenção do recolhimento do ICMS, a partir de 1996, e reformulada em 2011. “Não há dúvida do quanto os incentivos fiscais disponibilizados às empresas pelo governo têm sido de grande valia para o desenvolvimento do estado. Estamos buscando agilidade e desburocratizando todo o processo, para que possamos gerar mais investimentos, mais empregos e ter mais capital girando dentro do Piauí. Uma possibilidade efetiva de crescimento significa avanços para todos”, afirma a secretária de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Piauí, Patrícia Freitas.

De acordo com dados da secretaria, os números de empresas incentivadas nos quatro meses iniciais de 2014 são praticamente o mesmo volume realizado em 2011, quando foi reformulada a lei de incentivos fiscais (nº 6.146, de 20 de Dezembro de 2011). A norma concede diferimento e crédito presumido do ICMS para estabelecimentos industriais e agroindustriais do estado. “Nossas expectativas de investimentos previstos para 2014 ultrapassam o ano de 2013”, afirma Patrícia. 

Para a professora de economia da Unime, Almerinda Gomes, grande parte dos problemas
econômicos piauiense (o estado apresenta um quadro histórico de pouca representatividade econômica no país) advém de questões climáticas, já que mais de 60% do território está inserido num clima semiárido. Isso significa cerca de 151 municípios. Mesmo assim, ela enxerga prosperidade no estado.

“A despeito de possuir o 23º PIB do país e o último da região Nordeste, a economia do estado vem crescendo nos últimos dez anos acima da média nacional, acumulando, entre 2002 e 2010, um crescimento de 52,5%, segundo dados do IBGE. Em 2008, enquanto a economia brasileira cresceu pífios 0,6%, o PIB do Piauí teve um incremento de 8,8%. Este desempenho resulta, sobretudo, dos investimentos recebidos pelo estado e do dinamismo das regiões com maior potencial de desenvolvimento, a exemplo da Região Metropolitana de Teresina, da cidade de Parnaíba e da região do cerrado, com grande potencial agricultor”, explica a economista.
  

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