BRASIL

Potência em ascensão: Maranhão cresceu em média 5,31% de 95 a 2012

Por Pedro Callado

Entre 1995 e 2012, o Maranhão apresentou um dos maiores crescimentos médios de todo o país, com 5,31% ao ano, o que é um ritmo acima da média da região Nordeste (3,63%) e também do Brasil, que cresceu 2,91% ao ano no mesmo intervalo.


Em 2011 o estado deixou de ser o país mais pobre do país subindo uma posição no ranking do Produto Interno Bruto per capita. No mesmo ano o estado ganhou uma posição também no ranking do PIB por federação, subindo para a 16ª economia mais poderosa do Brasil com R$ 52,1 bilhões e se solidificando como a 4ª maior do Nordeste. No ano seguinte o PIB subiu para R$ 58,8 bilhões, segundo dados oficiais do IBGE.


Entre as forças de impulsão do Maranhão está o Porto de Itaqui. Fundado em 1973, o porto é o quinto maior em movimentação do Brasil e o primeiro da região Norte/Nordeste. É responsável pela exportação de 60% dos bens produzidos nos estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia.
De 2011 a 2013, o Itaqui bateu recorde histórico de movimentação de cargas, em 2012 fechou com 15,7 milhões de toneladas, sendo o porto público que mais cresceu, 12,8% enquanto a média nacional não chegou a 3%. Em 2013, recordes históricos foram alcançados como o quantitativo para a soja, o fertilizante, o carvão, o etanol, o cobre e o clínquer.


Esse e outros fatores tem ajudado ao estado a melhorar seus índices na economia nacional. Todavia, o Governo Federal voltou atrás de um investimento de peso, aquele que deveria ser a maior refinaria de petróleo do país, a Premium I. O empreendimento da Petrobras, que seria instalado em Bacabeira, deveria gerar 25 mil empregos diretos e indiretos quando pronto. Apesar das dificuldades, o PIB Industrial do estado tem se expandido na última década e, segundo o estudo do IBGE, tem crescido a uma razão de 0,2% entre 2001 e 2011, chegando a 15,6% das riquezas maranhenses. O setor da Agropecuária tem bastante força no Maranhão, em valores totais é o 2º maior do Nordeste, perdendo apenas para a Bahia. A criação pelo Governo Federal da região do Matopiba (Maranhão,Tocantins, Piauí e Bahia), área de cerrado forte na agricultura e o agronegócio, promete impulsionar ainda mais o estado.


Apesar disso, com o desaquecimento industrial no país o estado precisa lutar para manter a taxa de crescimento do PIB. Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA) divulgada em maio deste ano mostra que o setor industrial do Estado já enfrenta dificuldades no início de 2015. Segundo o estudo, o índice caiu 1,2% entre fevereiro e março deste ano e o estado ficou com resultados piores que as médias nacional e regional.
Uma das principais autoridades em economia pública do país, a economista e socióloga Tânia Bacelar, afirmou durante uma palestra a convite do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Maranhão (Sebrae) que o estado enfrenta alguns desafios. Descentralizar o PIB é uma das metas. A capital São Luís concentra 15% da população do estado e 42% do Produto Interno Bruto.  

PIB em 2012

R$ 58,8 bilhões

Participação no PIB
brasileiro em 2012

1,4%

Participação no PIB
per capita em 2012

R$ 8.760 Mil

Dados IBGE 

 

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