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Povo quer Casa : Moradores de palafitas destruídas em incêndio protestam na frente da prefeitura do Recife

Homens, mulheres e crianças foram para o Centro da cidade, nesta segunda (9), acompanhar comissão que foi chamada para reunião com administração municipal.

 

Moradores que perderam palafitas no incêndio ocorrido na sexta (6), no Pina, na Zona Sul do Recife, realizam um protesto na frente da prefeitura, no Centro, nesta segunda (9). Eles pedem aumento no valor da indenização oferecida e levam pauta com outras reivindicações. “O povo quer casa”, diz faixa.

O incêndio ocorreu na tarde de sexta (6), entre as pontes Agamenon Magalhães e Paulo Guerra, principais ligações entre a Zona Sul e o Centro do Recife. Ao menos 40 palafitas foram destruídas. As causas do fogo não foram divulgadas.

Pouco antes do protesto, uma moradora cobrou a presença do prefeito João Campos (PSB) na área do incêndio.”Para ele ver a nossa situação”, justificou (veja vídeo acima).

Em entrevista , Moara Costa, uma das moradoras prejudicadas pelo incêndio, disse que as famílias foram para a prefeitura participar de uma reunião com representantes do poder público. “Uma comissão vai participar da reunião e o povo veio junto. Unidos somos mais fortes”, afirmou.

Imagens registradas pela imprensa mostram, homens, mulheres e crianças, totalizando ao menos 50 pessoas. Eles carregavam faixas e cartazes.

Segundo Moara, a pauta que seria entregue ao município tem dez pontos. “O principal é a questão da indenização. Prometeram R$ 1.500 para cada família. Isso é muito pouco. Queremos, no mínimo, R$ 3 mil para cada família”, declarou.

Outra questão levantada por Moara é o prazo de auxílio moradia informado pela prefeitura. Segundo ela, o município disse que daria dinheiro por três meses.

“E depois disso, a gente vai morar onde?”, questionou. A moradora afirmou, ainda, que a comunidade pede mais tempo de ajuda.

“Também queremos saber quando vão entregar as chaves dos apartamentos no conjunto da Via Mangue”, afirmou, ao fazer referência ao habitacional localizado também no Pina, que está em obras.

Outra reivindicação diz respeito a serviços de saúde para os moradores. “Tem idosos e gente com problemas e não há médicos para atender”, acrescentou Moara.

Questionada sobre a reunião e o protesto desta segunda, a prefeitura disse que se posicionaria depois do encontro.

Na manhã desta segunda, peritos do Instituto de Criminalística (IC) estiveram na área do incêndio.

Eles tiraram fotos e reuniram elementos para ajudar nas investigações. Os profissionais não quiseram gravar entrevista 

Por meio de nota, a Polícia Civil informou, nesta segunda, que as investigações do incêndio estão sob a responsabilidade da Delegacia de Boa Viagem.

“Todas as providências necessárias para o esclarecimento do fato serão tomadas”, afirmou o comunicado.

Ainda segundo a polícia, “no conjunto dos trabalhos, haverá coleta de depoimentos, elementos e perícias técnicas no local”, disse.

Por fim, a corporação afirmou que “mais detalhes sobre as investigações serão repassados à imprensa em momento oportuno”.

Por causa do incêndio, uma rede de solidariedade foi formada. Quem quiser ajudar pode procurar entidades que estão ajudando os moradores.

Confira os endereços:

  • Mãos Solidárias: Armazém Do Campo – Avenida Martins de Barros, número 395 – Santo Antônio
  • Coletivo Pão e Tinta: Rua Vila Teimosa, número 28 – Pina
  • Projetos Amigos do Pirrita: Bar Da Fava – Avenida Doutor Dirceu Veloso Toscano De Brito, número 14 – Pina
  • Livroteca Brincante do Pina: Rua Arthur Lício, número 291 – Pina
  • Instituto Vizinhos Solidários: Rua Souto Filho, número 118 – Pina
  • Paróquia do Pina: Avenida Herculano Bandeira, número 471 – Pina
  • Central Única das Favelas: Avenida Norte, número 5300 – Casa Amarela

 

g1pe


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