A união entre o PP e o recém-criado PROS anunciada nesta semana foi um passo dos partidos para brigar por ministérios na dança de cadeiras que a presidente Dilma Rousseff deve fazer na sua equipe até o início de 2014. O novo bloco governista se converteu na terceira maior bancada da Câmara, com 58 deputados – atrás apenas do PT (88) e PMDB (76).
O tamanho será usado como argumento para brigar pelos ministérios abandonados pelo PSB, que deixou a Integração Nacional e a Secretaria Especial de Portos a pedido do presidenciável Eduardo Campos. “Não fizemos o bloco para isso (aumentar ministérios), mas isso deve acontecer com naturalidade”, afirma o líder do bloco, Eduardo da Fonte (PP-PE).
O PP ocupa o Ministério das Cidades, um dos mais importantes do governo Dilma – a pasta é responsável pela execução dos programas Minha Casa Minha Vida e PAC. E está de olho no Ministério da Integração Nacional, pleiteado pelo PMDB para o senador Vital do Rêgo – oponente político do ministro Aguinaldo Ribeiro (Cidades) na Paraíba.
Já o PROS, que havia aderido à base na sequência de sua criação e ganhou corpo ao atrair os dilmistas Cid e Ciro Gomes (ambos ex-PSB), ganhou força para brigar tanto por Integração quanto e a Secretaria Especial de Portos, ocupada antes por um indicado do governador cearense Cid Gomes.
O líder do bloco PP-PROS afirma que não há conversar formais com o governo sobre ministérios. Fonte, contudo, diz que se for comparada a proporcionalidade do número de deputados pelo de pastas a dobradinha PP-PROS merece mais espaço na Esplanada dos Ministérios. “Se formos fazer essa proporcionalidade, estamos aquém do PMDB (com cinco ministérios) e do PSB (que ocupou dois ministérios com 28 deputados)”, afirma.
iG
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