BRASIL

PP nacional fecha adesão à reeleição da presidenta

 A presidenta Dilma Rousseff recebeu ontem o apoio oficial do PP à sua candidatura à reeleição. Nas eleições de 2010, o partido ficou neutro. Com a adesão do PP, a campanha de Dilma ganha mais um reforço e fica em condições de ter tempo recorde na propaganda eleitoral de rádio e TV, que começa em agosto.
No almoço que formalizou o apoio do PP, a presidenta voltou a dizer que sua aliança irá se contrapor ao que ela classifica como os defensores das “medidas impopulares” e que vai se pautar pelo desenvolvimento social e sustentável. “Passamos pela pior crise desde 1929 (…) e não caímos na tentação das chamadas ‘medidas impopulares’, que significam recessão, desemprego e arrocho salarial”, afirmou a presidenta. 

Dilma se referia à declaração do adversário , o tucano Aécio Neves, que, em encontro com empresários, disse que em eventual governo seu não se furtaria a adotar medidas duras caso o equilíbrio econômico exigisse. 

No discurso que anunciou o apoio do partido, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, reconheceu que há setores no partido que não apoiam Dilma, mas ressaltou que a maioria da legenda tem a intenção de trabalhar pela reeleição da presidenta. “Gostaria muito que a senhora fosse uma unanimidade, não tivesse adversários, mas nós temos que enfrentar isso. Talvez o pragmatismo político quisesse que a gente esperasse mais tempo para anunciar nosso apoio, mas isso não faz parte da história do Partido Progressista”, disse Nogueira. 

Apesar do apoio nacional do PP, o partido está dividido: parte dos integrantes da legenda prometem fazer campanha para Aécio Neves,em estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. 

Apontado como principal instrumento das campanhas eleitorais, o tempo de propaganda na TV é calculado com base no tamanho das alianças formadas. Dilma poderá ter cerca de 50% do chamado “palanque eletrônico”, caso se confirmem os apoios também do PSD e do PR. Com isso, possivelmente bateria o recorde de Fernando Henrique (PSDB), que em 1998 foi dono de 47% do tempo de TV em sua campanha à reeleição.
O almoço de Dilma com o PP foi em um restaurante em Brasília. Entre os participantes do encontro estavam o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que está na lista de procurados pela Interpol, e o ex-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, que renunciou ao mandato em meio ao escândalo do Mensalão do DEM.

Aeroportos: críticas ao ‘padrão Fifa’

A presidenta Dilma Rousseff aproveitou ontem o almoço de apoio do PP à sua reeleição para criticar a cobrança do “padrão Fifa” nas obras da Copa do Mundo. “Os aeroportos não têm padrão Fifa, vocês vão me desculpar, têm padrão Brasil. Não estamos fazendo aeroporto só para a Copa, só para a Fifa. Estamos fazendo para os brasileiros”, afirmou. “Se a gente tinha 33 milhões de brasileiros que viajavam de avião e hoje tem 113 milhões, ampliar os aeroportos, qualificá-los, melhorá-los, é garantir aeroportos para o Brasil”, completou.

Ela afirmou que considerou “interessantíssima” uma matéria que reprova o padrão Fifa, citando os preços altos dos ingressos para os jogos da Copa. Para Dilma, o país tem “mania” de fazer avaliação crítica da Copa. A presidenta voltou a pedir que os brasileiros recebam bem os visitantes. 

 

(do iG)


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