NORDESTE

Prefeito de Teresina adia retorno do comércio após funcionamento clandestino no Centro: ‘vamos retroceder’

Parte do comércio que retornaria seu funcionamento no próximo dia 13 terá o retorno adiado para o dia 20. A informação foi dada à imprensa pelo prefeito Firmino Filho (PSDB), em entrevista concedida nesta quarta-feira (8) por vídeochamada. Segundo ele, a medida foi tomada porque está havendo um desrespeito ao decreto de isolamento social e funcionamento clandestino do comércio no Centro da capital.

“Vamos adiar para o dia 20, porque está havendo muito desrespeito ao decreto. Se continuar, vamos tomar uma medida impopular, que é o rodízio [de carros]. Hoje fiquei horrorizado ao ver a quantidade de carros no Centro. As pessoas não querem esperar mais duas semanas, para sairmos disso com segurança. Assim, estão colocando em risco a nossa estratégia, funcionando de forma clandestina”, disse o prefeito.

Ele destacou que a situação dos dados de infectados, embora em tendência de queda, ainda não dá total segurança para a abertura indiscriminada e descontrolada do comércio. Firmino disse que, se o desrespeito continuar, os setores já retomados (construção civil) podem parar novamente.

“As pessoas precisam colocar o interesse coletivo acima dos individuais. Se cada um fizer o que der na telha, vamos sair quando dessa situação? Estamos fazendo um pacto para uma retomada gradual e segura, mas se não for cumprido, o poder público, de forma responsável, pode retroceder. Não temos problema com isso. Se for para preservar a vida, fazemos qualquer coisa”, declarou.

Decretos determinam distanciamento social

Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas. Aulas em escolas e universidades, a maioria das atividades comerciais, esportivas e de serviços em geral estão suspensas por tempo indeterminado.

Serviços essenciais como farmácias, postos de combustíveis e supermercados continuam mantidos mas estão regulamentados. O atendimento em clínicas, hospitais e laboratórios, assim como o funcionamento de escritórios de advocacia e contábeis também foram liberados mediante cumprimento de regras.

O uso de máscaras em locais públicos tornou-se obrigatório em todo o estado. Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.


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